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    Lula diz a ministros que festa da eleição acabou e cobra resultados

    Segundo pessoas que participaram da reunião com o petista, governo quer e precisa apresentar resultados e impor, já na largada, uma agenda positiva

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena a primeira reunião ministerial de seu governo, no Palácio do Planalto
    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena a primeira reunião ministerial de seu governo, no Palácio do Planalto José Cruz/Agência Brasil - 06.jan.2023

    Caio Junqueira

    Em breve manifestação ao término da primeira reunião ministerial de seu terceiro governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a ministros que a festa da eleição acabou e que é preciso apresentar resultados a população.

    Segundo relatos feitos à CNN, ele também disse que quatro anos para quem é oposição são uma eternidade, mas passam rápido para quem é governo –e fez pedidos por entregas.

    O presidente deu exemplos. Disse que se não houver hospitais para entregar, que sejam colocados remédios no Farmácia Popular. Se não houver rodovias para entregar, que sejam tampados buracos das atuais.

    A percepção dos presentes com quem a CNN conversou é de que o governo quer e precisa apresentar resultados e impor, já na largada, uma agenda positiva, tendo em vista a polarização política e o resultado apertado nas urnas que o levou á vitória.

    A relação com o Congresso também foi outro ponto central da reunião.

    O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu que ministros recebam parlamentares toda semana, principalmente às terças e quartas, quando a maioria deles se encontra em Brasília.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse aos colegas que todo o orçamento já está aprovado pelo Congresso, o que foi lido por parte dos ministros como um sinal de que não há mais recursos para serem disponibilizados.

    Ele também afirmou na reunião que trabalhará com afinco pela reforma tributária e que irá encaminhar o quanto antes uma nova âncora fiscal.

    Por mais de uma vez, mencionou a necessidade de as ações de governo transmitirem segurança ao mercado.

    Neste momento, segundo um ministro com quem a CNN conversou, Lula disse que o mercado cobra responsabilidade fiscal do governo, mas não fala em responsabilidade social, ao passo que ele defende a todo instante tanto a responsabilidade social quanto fiscal.

    O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, fez uma avaliação do momento, segundo ele, positivo de grande parte da imprensa com o novo governo.

    Já o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, apresentou, como mostrou a CNN, um panorama das manifestações bolsonaristas em frente aos quartéis.

    Disse haver hoje 5.000 pessoas acampadas em frente a quarteis em todo o país, bem menos do que os 43 mil também estimados pelo governo no dia 19 de dezembro.

    Ele também defendeu a ideia de uma retirada “indolor” dos manifestantes, ou seja, sem qualquer ação liderada pelas forças de segurança.