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    Lula discute novo arcabouço fiscal com economistas da transição

    Percepção é de que não basta uma nova regra, como a do teto de gastos, apenas, mas sim mais de uma

    Caio Junqueirada CNN

    O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva discutiu nesta terça-feira (29) com economistas do grupo de transição um novo arcabouço fiscal para o país a ser implementado em 2023.

    Além de Lula, participaram do encontro o ex-ministro Fernando Haddad e os economistas Andre Lara Resende, Persio Arida, Guilherme Mello e Gabriel Galipolo. Segundo relatos, a reunião durou cinco horas, das quais os economistas falaram por mais de quatro horas.

    Uma fonte disse à CNN que foi uma espécie de audiência na qual Lula muito mais ouviu do que falou e que foi possível tratar dos mais variados assuntos, com destaque para a questão fiscal e a PEC.

    A avaliação geral no encontro foi de que a principal regra fiscal atual, do teto de gastos, não mais existe na prática e deverá ser substituída pelo novo governo, muito embora o grupo não tenha concluído sobre qual a melhor alternativa.

    Houve a percepção, contudo, de que não basta uma nova regra apenas, mas sim mais de uma, configurando a necessidade de um novo arcabouço fiscal.

    Durante a campanha, a ideia predominante, conforme revelou a CNN, era a de instituição de um superávit com banda, mas nos últimos dias cresceu a ideia de uma regra baseada no controle da dívida pública.

    Na reunião de hoje, falou-se também que esse novo arcabouço precisa ser debatido depois que o novo governo assumir, uma vez que não há tempo para buscar um consenso sobre ele a ponto de ser incluído na PEC do Estouro.

    A PEC, aliás, foi um dos assuntos principais. Economistas manifestaram a Lula resistência ao texto que foi protocolado pelo senador Marcelo Castro (MDP-PI), que prevê um gasto extrateto que pode chegar a R$ 198 bilhões.

    A percepção foi de que é possível apresentar à população um novo programa Bolsa Família com um impacto fiscal menor do que a PEC apresentada.

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