Lula deve ter nova conversa com general Amaro para definir GSI
Encontro entre o presidente e o general é esperado até a próxima sexta-feira; ideia é que a pasta se torne híbrida, com a presença também de civis
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a assessores do governo que pretende ter uma nova reunião com o general da reserva Marcos Antônio Amaro dos Santos antes de definir o destino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Lula e Amaro, que esteve à frente da Casa Militar em 2015, tiveram um rápido encontro na semana passada, no qual o petista apresentou a sua visão sobre a pasta. Na conversa, não houve sondagem para que o militar assuma o posto.
No entanto, no início desta semana, interlocutores de Lula sondaram o militar, que tem o apoio, por exemplo, do comandante do Exército, Tomás Paiva.
Nas conversas, o recado dado foi de que Lula pretende manter o GSI, mas em uma estrutura híbrida, com a presença também de civis.
O petista, no entanto, ainda não definiu se ele seguirá com status ministerial. A defesa nas Forças Armadas, compartilhada pelo ministro José Múcio Monteiro (Defesa), é de que a estrutura siga no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios.
Na próxima quinta-feira (27), antes de encontro com Amaro, Lula pretende discutir o tema com os ministros José Múcio Monteiro (Defesa), Flávio Dino (Justiça) e Rui Costa (Casa Civil), além do interino Ricardo Capelli.
Amaro era apelidado de “sombra” de Dilma quando estava à frente da Casa Militar. No governo da petista, o GSI, criado em 1999, havia sido extinto. Ele foi recriado em 2016 por Michel Temer.
Em declarações, Amaro já chamou de invasão a entrada da Rússia na Ucrânia, criticou um compartilhamento entre GSI e Polícia Federal na segurança presidencial e defendeu a manutenção da pasta.