Lula demonstrou humildade ao admitir erro, diz Humberto Costa
Ex-chefe do Executivo declarou que o presidente Jair Bolsonaro “não gosta de gente, gosta de policial" e posteriormente se desculpou pelo ato
O senador Humberto Costa (PT-PE) declarou, nesta segunda-feira (2), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou humildade ao reconhecer seu erro e pedir desculpas aos policiais por um comentário que fez sobre a categoria.
“Obviamente, que aqui e ali, principalmente alguém que é obrigado a fazer três ou quatro discursos por dia, pode cometer um deslize, alguma coisa assim. Mas eu acredito que isso é parte do processo”, afirmou Costa.
“Acho até que essa última fala dele, na medida em que apresentou as desculpas a todos os trabalhadores da área de segurança pública, deu uma demonstração inclusive de humildade, de que sabe reconhecer quando erra, quando se equivoca”, continuou.
Durante um evento com mulheres na Brasilândia, na zona norte de São Paulo, no sábado (30), Lula disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “não gosta de gente, gosta de policial”.
Ao iniciar seu discurso no ato das centrais em referência ao 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em um evento de centrais sindicais na praça Charles Müller, na capital paulista, o petista se desculpou pela fala.
“Quando eu estava fazendo discurso, eu queria dizer que Bolsonaro só gosta de milícia, não gosta de gente, e eu falei que ele só gosta de polícia, não gosta de gente. Quero aproveitar para pedir desculpas aos policiais deste país, porque muitas vezes eles cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador. E temos que tratá-los como trabalhadores desse país”, disse Lula.
Para Costa, é necessário avançar em um plano concreto de segurança pública. “Essa foi a grande promessa de Bolsonaro em 2018 e ao contrário, a violência no Brasil só tem feito avançar, o crime organizado atua sem qualquer tipo de limite. Uma coisa tem que complementar a outra. Não podemos entrar na pauta preferida de Bolsonaro sem ter proposta para superar os problemas que existem”, expôs.
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(*Com informações de Marcelo Tuvuca)
