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    Lula defende parceria com a UE para explorar Amazônia de forma sustentável

    Petista diz que Amazônia é “de interesse de sobrevivência da humanidade” e que não abrirá mão da sua soberania

    Jairo NascimentoCarolina Cerqueirada CNN

    O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta segunda-feira (29), a proteção e exploração sustentável da Amazônia e prometeu, se eleito, uma relação mais forte do Brasil com a União Europeia.

    A fala ocorreu durante encontro de Lula com uma delegação de eurodeputados e representantes de partidos europeus de esquerda, em São Paulo. Os líderes europeus apresentaram um memorando de cooperação que deve ser analisado e assinado pelo grupo juntamente com o PT.

    Em discurso, Lula defendeu que a Amazônia não seja um “santuário da humanidade”.

    “A Amazônia é de interesse de sobrevivência da humanidade e, portanto, todos têm responsabilidade para ajudar a cuidar dela. A gente não quer transformar a Amazônia num santuário da humanidade, a gente quer explorar da Amazônia aquilo que a biodiversidade pode oferecer”, afirmou.

    O candidato disse que não abrirá mão da soberania da Amazônia, mas firmará parcerias com a União Europeia, caso eleito, para troca de experiências e de investimentos em tecnologia para extrair, sustentavelmente, riquezas da Amazônia.

    “Vocês sabem que aqui no Brasil a gente não abre mão da soberania da Amazônia, mas é importante lembrar que a Amazônia não é só nossa. Nós temos a Amazônia na Venezuela, na Colômbia, no Peru, no Equador, tem um pouco na Bolívia e até nas Guianas.”

    Para Lula, não será possível avançar no debate da questão climática caso não haja uma legislação internacional a ser submetida a todos os país com a devida fiscalização.

    “A gente não resolverá a questão climática se não tiver uma governança mundial que decida e que todos tenham que cumprir. Se a gente continuar discutindo a questão climática decidindo nos encontros, a nível internacional, e depois cada país tentar resolver o seu negócio, não vai acontecer”, acrescentou.

    O ex-presidente pediu maior uso de energias renováveis e uma repactuação dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU).

    A delegação foi composta por 13 pessoas, sendo quatro eurodeputados. A parlamentar e líder do grupo Sociais e Democratas, a espanhola Iratxe Garcia Perez, afirmou que a imagem do Brasil na Europa foi deteriorada. O presidente do Partido Socialista Europeu, o búlgaro Serguei Stanishev, comentou que as instituições europeias estão observando atentas ao processo eleitoral brasileiro.

    Este não é o primeiro encontro de Lula com os eurodeputados. Em novembro de 2021, o petista esteve no Parlamento europeu, em Bruxelas, quando foi recebido pelo mesmo grupo na Conferência do Alto Nível da América Latina.

    Ainda nesta segunda, o último ato de campanha de Lula será um encontro com o jurista francês Willian Bourdon, um dos responsáveis pelo Manifesto Internacional de Juristas pela liberdade de Lula, publicado em 2019.

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