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    Eleições 2022

    Lula defende para Economia ministro com compromisso fiscal e social

    Candidato do PT diz que irá realizar “uma política quase que de guerra” para recuperar o país

    Carolina Cerqueira

    O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (27) que irá escolher, caso eleito, um ministro da Economia que saiba equilibrar “responsabilidade fiscal” com “responsabilidade social”. Ele não revelou o nome de quem deve ocupar o cargo em seu eventual governo.

    “O perfil do meu ministro da Economia vai ser de um cara que tenha muita inteligência política, compromisso social. Tem que pensar na responsabilidade fiscal, mas também na responsabilidade social”, afirmou em entrevista à rádio Clube FM, de Brasília (DF).

    Segundo ele, será preciso fazer “uma política quase que de guerra para recuperar o país” e “segurar o dinheiro”, mas também investir em assistência aos mais necessitados.

    “Cada vez que a gente pensar que tem que segurar o dinheiro, tem que pensar que tem gente passando fome, que tem gente dormindo embaixo de ponte, crianças abandonadas, crianças que voltaram para a escola com dois anos de atraso porque passaram dois anos sem estudar”, disse.

    Lula prometeu retomar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o “Conselhão”, criado durante o seu primeiro mandato, em 2003, para viabilizar o diálogo entre a Presidência e setores da sociedade civil.

    “Vamos retomar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, com mais ou menos 100 pessoas, empresários pequenos e médios, representantes da sociedade, para assumir a responsabilidade de retomar as políticas públicas que o Brasil precisa, retomar conferências nacionais para permitir que a sociedade defina as políticas boas para cada setor”, afirmou.

    Orçamento secreto

    O petista disse ainda que irá “conversar com o Congresso” para debater as emendas de relator — popularmente conhecidas como orçamento secreto —, pois não considera “normal” que o controle dos recursos fique, majoritariamente, sob responsabilidade dos parlamentares.

    “Nós vamos conversar com o Congresso e vamos discutir com o Congresso o que a gente vai fazer para voltar à normalidade. Não é normal o Congresso querer administrar o orçamento. O orçamento é administrado pelo Poder Executivo. Vamos conversar com o Lira, com o Pacheco, para a gente discutir esses assuntos”, afirmou.

    Política externa

    O ex-presidente também disse que o país está “isolado” e que é necessário “reconstruir a política externa do Brasil” através de diálogo com países da União Europeia e da América do Sul, assim como Estados Unidos e China.

    “Eu vou fazer reunião com a União Europeia, com os Estados Unidos, com a China, com os países da América do Sul, porque não é possível a gente viver em um país em que um presidente não conversa com ninguém, nem ninguém convida ele para viajar e nem ninguém quer vir aqui no Brasil”, colocou.

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