Lula defende indicações de aliados, e Bolsonaro escreve condolências pela morte da rainha
Ciro Gomes (PDT) critica apuração de urnas por militares; e Simone Tebet (MDB) fala do orçamento secreto
Os candidatos que pontuam no agregador de pesquisas CNN/Locomotiva cumpriram agendas de campanha nesta segunda-feira (12).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de entrevista na CNN, ao WW Especial: Presidenciáveis, e defendeu as indicações de aliados para cargos no governo.
“Acontece na democracia de qualquer país do mundo. Quando você ganha uma eleição, você tem uma composição para ganhar as eleições. (…) Se a gente ganhar as eleições, esses partidos irão participar do governo. O que não faz sentido é você ganhar as eleições e seu adversário indicar”, disse o ex-presidente.
Jair Bolsonaro (PL), na parte da manhã, escreveu no livro de condolências pela morte da rainha Elizabeth II e, de noite, participou de um podcast, no qual falou sobre os casos de corrupção no Ministério da Educação (MEC). Por conta da entrevista, ele deixou de ir à cerimônia de possa de Rosa Weber como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). É a primeira vez desde 1993 em que um presidente não comparece à cerimônia de pose no STF.
“Esses dois pastores (acusados de corrupção no MEC) me procuraram e queriam ter acesso ao ministro Milton (Ribeiro), que é pastor também, e eu indiquei. Aí o Milton resolver empregar um deles. A gente não tem como indicar 30 mil cargos de comissão. Tempo depois, o ministro percebeu que tinha algo de errado, ele foi a CGU e relatou o fato e começaram a investigar, entregaram o fato à Polícia Federal e todos os pedidos foram suspensos. Até o momento não tem nada contra o Milton”, disse Bolsonaro.
Ciro Gomes (PDT) comentou sobre um acordo do TSE com as Forças Armadas para uma apuração paralela das eleições. Para o candidato, esse ato tornaria o Brasil uma “republiqueta”.
“Isso [apuração paralela pelos militares] vai nos transformando gradualmente naquilo que o preconceito internacional chama de República de banana. Quando você começa a dar prevalência a determinados grupos e a Constituição não atribui a eles essa responsabilidade, você vai se igualando a essas republiquetas que são governadas por tiranetes ou ditadores corruptos como a Nicarágua e a Venezuela”, disse.
Simone Tebet (MDB) participou de reunião com empresários e lideranças no Auditório da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montes Claros (MG) e comentou que “perdeu a presidência do Senado por conta do orçamento secreto”.
“O orçamento secreto não me seduziu. Eu fui vítima do orçamento secreto, perdi a eleição para presidência do Senado por conta disso”, afirmou.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.