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    Lula decide que militares e policiais federais atuarão juntos na segurança presidencial

    Oficiais estarão sob o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)

    Teo Curyda CNN , Em Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a segurança presidencial será uma atribuição conjunta de militares, policiais federais e outros agentes de segurança pública, todos sob o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

    A informação, que era aguardada, como mostrou mais cedo a CNN, foi confirmada nesta quarta-feira (28) pelos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública.

    O martelo foi batido durante reunião realizada na tarde desta quarta e que contou com a participação, além do presidente da República, dos ministros Rui Costa, Flávio Dino, Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, e do general da reserva Marcos Antônio Amaro dos Santos, do GSI.

    O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a decisão foi harmônica e consensual, e que o presidente decidiu por um modelo híbrido em que as forças de segurança irão trabalhar juntas. “A solução encontrada garante a materialização desse desejo do presidente, que é a integralização da formação da equipe como um time, de forma entrosada”, complementou Costa.

    A segurança do presidente e do vice-presidente deixou de ser feita exclusivamente por militares e passou a ser realizada majoritariamente por policiais federais subordinados à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República.

    O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou a extinção da secretaria e explicou: “Lembremos que ela foi criada para ser temporária, ela foi criada por conta de um fator político, e consideramos esse fator político superado”, disse.

    O decreto que estabeleceu a criação da secretaria deixa de valer nesta sexta-feira (30). A partir desta data, o órgão, formado por policiais federais e outros agentes de segurança pública, será extinto. O novo modelo híbrido também será publicado na sexta.

    A decisão de Lula põe fim a uma queda de braço entre a ala de ministros e auxiliares do presidente que pregava uma desmilitarização do governo com um maior protagonismo de policiais federais e agentes de segurança pública e a que defendia a continuidade do GSI na coordenação da segurança presidencial.

    A solução híbrida encontrada pelo presidente representa uma derrota para Flávio Dino e para o delegado Andrei Passos, diretor-geral da Polícia Federal, que buscavam manter a atribuição sob a responsabilidade dos agentes federais.

    A busca pelo consenso entre as duas alas foi o primeiro desafio de Amaro no cargo.

    Nos bastidores, policiais federais vinham alegando ao longo dos últimos meses que não queriam responder a militares. A escolha de Lula pelo nome do general Amaro representou um obstáculo para os civis que defendem uma maior participação de policiais federais e agentes de segurança no governo.

    O próprio general, antes de ser oficializado no cargo, em entrevista ao portal “Terra”, desaprovou a ideia de militares no GSI compartilharem a função de segurança e proteção do presidente e do vice com policiais federais.

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