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    Lula confunde conceitos na economia e desperdiça parte do capital político com Cuba e críticas ao FMI, dizem diplomatas

    Presidente brasileiro criticou o que chamou de apologia ao “Estado mínimo” e atribuiu ao neoliberalismo o agravamento da desigualdade e o surgimento de aventureiros de extrema-direita

    Raquel Landimda CNN

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, nesta terça-feira (19), o primeiro discurso na ONU do seu terceiro mandato e foi muito aplaudido ao defender o combate à fome e o fim do desmatamento da Amazônia, mas cometeu erros conceituais importantes na economia e na política. É o que dizem diplomatas ouvidos pela CNN.

    O presidente brasileiro criticou o que chamou de apologia ao “Estado mínimo” e atribuiu ao neoliberalismo o agravamento da desigualdade e o surgimento de aventureiros de extrema-direita.

    Diplomatas experientes com os quais a CNN falou classificaram esse trecho como “raso, simplista e antiquado”.

    Eles explicam que foi a revolução da internet que alargou o gap educacional e a disparidade entre quem ganha muito e quem não ganha quase nada no planeta.

    Foi esse fenômeno que provocou o famoso “esquecimento da classe média” e o surgimento de líderes de extrema-direita em diversos países, inclusive no Brasil.

    Lula criticou ainda a dissonância entre a “voz dos mercados” e “a voz das ruas”.

    O presidente brasileiro – de novo – não apontou diretamente o responsável pela guerra da Ucrânia, retomou a agenda da esquerda de criticar o embargo contra Cuba e fazer críticas ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Para esses diplomatas, o contraste com Bolsonaro, que, para eles, era um “pária” no cenário externo, é marcante. Lula, no entanto, desperdiçou parte de seu capital político com pautas ideológicas, segundo esses mesmos diplomatas.

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