Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Lula cobra acordo entre Lira e Pacheco e diz que base no Congresso ainda não foi testada

    Em café da manhã com jornalistas, presidente disse que presidentes do Senado e Câmara terão que entrar em acordo "porque país não pode ficar parado"

    CNN

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (6), que a base de seu governo no Congresso ainda não foi testada e será necessário esperar uma votação de interesse do governo, como a reforma tributária, por exemplo. Ele também cobrou um acordo entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

    “Eu até hoje não senti nenhuma dificuldade com o Congresso Nacional. Eu não era presidente ainda e conseguimos aprovar a PEC que parecia ser impossível de ser aprovada. Foi aprovada com votação de deputados e senadores”, declarou em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

    “Tivemos um senador eleito presidente com apoio da bancada do PT. Um presidente da Câmara eleito com apoio da bancada do PT. Temos uma construção de uma base que votou no presidente da Câmara e do Senado. Essa base não foi testada ainda em nenhuma votação”, acrescentou.

    Lula disse que, “pelo menos do que vê pela imprensa”, há divergência entre Lira e Pacheco: “Quem é que pode mais, quem é que pode menos.”

    Ao dizer que já teve a oportunidade de conversar com ambos, o petista cobrou um acordo para a tramitação nas Casas.

    “Tenho certeza que os dois vão se colocar de acordo para começar a votar as coisas que tem que ser votadas, porque o país não pode ficar parado”, cobrou o presidente.

    O petista ainda pontuou que não fará rearranjos em seu gabinete de ministros na busca por coalizões políticas.

    “Não haverá troca de ministro a não ser que haja uma coisa importante para trocar. Estou muito tranquilo com a construção da união que fizemos”, disse.

    “É muito difícil você pensar em um sistema de coalizão política com a quantidade de partidos que nós temos. É muito mais fácil você fazer coalizão num mundo que tenha três, quatro partidos políticos. Mas com 30 partidos políticos, é muito complicado você fazer coalizão porque é muita gente para você conversar”, acrescentou.

    “Mas até agora eu não senti nenhuma dificuldade. Vamos esperar a primeira votação de interesse do governo. Vamos esperar, por exemplo, a política tributária, que é um teste para o Brasil, não para o governo. E vamos ver o que vai acontecer”, concluiu,

    (Publicado por Léo Lopes, com informações de Lucas Mendes.)