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    “Lixo, loucura e folclore”, diz Anderson Torres sobre minuta golpista

    Ex-ministro e ex-secretário foi ouvido no TSE como testemunha em ação contra Bolsonaro

    Lucas Mendesda CNN , Brasília

    O ex-ministro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres chamou de “lixo”, “loucura” e “folclore” a minuta de decreto de Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrada em sua casa.

    Torres prestou depoimento ao TSE na manhã desta quinta-feira (16) em um processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que corre na Corte eleitoral. A oitiva durou 1h30, e terminou por volta das 11h30.

    O ex-secretário respondeu todas as perguntas que foram feitas a ele. Também disse desconhecer a origem da minuta ou quem teria feito o documento.

    A fala de Torres foi feita na condição de testemunha, por videoconferência. Ele está preso em um batalhão da Polícia Militar no Guará, no Distrito Federal, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    O pedido para ouvir Torres partiu do corregedor-geral eleitoral do TSE, ministro Benedito Gonçalves.

    O magistrado solicitou o depoimento para obter esclarecimentos sobre a existência da minuta e sobre a eventual participação de Torres em live de Bolsonaro que lançou dúvidas sobre o sistema eleitoral, em julho de 2021, e em uma reunião com embaixadores em que o então chefe do Executivo fez ataques às eleições, em julho de 2022.

    O depoimento foi colhido no curso da ação ajuizada pelo PDT contra o ex-presidente. A sigla argumenta que houve abuso de poder político e econômico de Bolsonaro pela reunião com os embaixadores.

    O processo pode levar à inelegibilidade de Bolsonaro.

    O ministro Alexandre de Moraes havia autorizado a oitiva de Torres “assegurado o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”.

    Torres é investigado no STF por suposta omissão nos atos extremistas de 8 de janeiro, quando ocupava o cargo de secretário distrital de Segurança Pública. Ele está preso preventivamente desde 14 de janeiro.

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