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    Lira garante avanço da PEC das indenizações do marco temporal, diz bancada ruralista

    Segundo frente parlamentar, presidente da Câmara disse que irá instalar comissão especial para analisar proposta

    Caio Junqueirada CNN , São Paulo

    O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), disse à CNN que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), lhe garantiu que irá instalar a comissão especial para analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que amplia indenizações a produtores rurais com terras declaradas pertencentes a indígenas.

    Segundo ele, o tema foi tratado em reunião entre ambos na noite de terça-feira. “Arthur [Lira] me garantiu que a comissão será instalada”, disse Lupion à CNN.

    A PEC 132 de 2015 busca ampliar a indenização paga pelo governo federal aos produtores rurais que tiverem terras demarcadas.

    A ideia é que os ruralistas sejam indenizados com dinheiro tanto pela terra nua quanto por benfeitorias feitas nelas. Na prática, esse texto está parado na Câmara dos Deputados desde 2016.

    A instalação da comissão especial se insere no contexto de um crescente conflito entre o STF e Congresso. A corte julga nesta quarta-feira exatamente as indeniações do amrco temporal.

    A FPA está se aliando a outras frentes paralmentares no Congresso para confrontar o STF, como a Frente Evangélica, que tem se incomodado com julgamentos da corte relacionados a aborto e drogas.

    Procurado pela CNN, Arthur Lira não se manifestou.

    VÍDEO – Plenário do Senado aprova projeto do marco temporal

    Na noite desta quarta-feira (27), o plenário do Senado aprovou o texto-base do projeto de lei que estabelece um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Após concluir a votação dos destaques, o texto irá para sanção de Lula, que poderá vetá-lo.

    O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (27), por unanimidade, que pode haver indenização a proprietários que tenham ocupado, de boa-fé, terras que venham a ser demarcadas como indígenas.

    Essa indenização pode envolver o valor da terra em si, além das benfeitorias feitas no local.

    Conforme a tese de julgamento definida pelos ministros, os proprietários poderão reter consigo a propriedade até que haja o depósito do valor referente a indenização.
    Esses pontos foram definidos depois que a Corte derrubou a validade do marco temporal para demarcação das terras indígenas.

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