Lira diz que guerra não é solução e critica ataque a Israel: “inaceitável”
"Devemos todos, inclusive o estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político", afirma o presidente da Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou neste sábado (7) os ataques do grupo islâmico Hamas contra Israel. Ao menos 40 pessoas morreram e 779 ficaram feridas.
Em publicação em seu perfil nas redes sociais, o deputado disse que a guerra “não é a solução para conflitos políticos ou de qualquer natureza”.
Lira também chamou de “inaceitável” o ataque ao país e afirmou que o caso “cria mais um foco de tensão mundial”.
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“Devemos todos, inclusive o estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político. O caminho é o da paz”, declarou.
Mais cedo, o governo brasileiro condenou a série de bombardeios realizados em Israel a partir da Faixa de Gaza.
O Ministério de Relações Exteriores afirmou que vai convocar uma reunião emergencial para tratar do conflito entre Hamas e Israel. O Brasil preside no momento o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
“Não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, disse o Itamaraty, em nota.
Entenda
Em reação ao ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “em guerra”. O comando do Hamas afirmou que o ataque foi uma resposta aos ataques a mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco a Gaza.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, sustentou a posição de Netanyahu e disse que Israel “vencerá esta guerra” contra o Hamas, horas depois de o grupo lançar foguetes e enviar soldados para o território israelense.
O comandante militar do Hamas, Muhammad Al-Deif, disse que o grupo estava lançando uma operação chamada “Tempestade Al-Aqsa” visando “posições inimigas, aeroportos e posições militares”.
Muhammad Al-Deif disse que o ataque a Israel foi uma resposta aos ataques às mulheres, à profanação da mesquita de al-Aqsa e ao cerco a Gaza. O Hamas afirma ter disparado 5.000 mísseis contra Israel.
O chefe do grupo apelou aos povos árabes e islâmicos para que viessem à “libertação de al-Aqsa”, a mesquita em Jerusalém.
O Centro Médico Kaplan em Rehovot, uma cidade no centro de Israel, disse que está tratando pelo menos 21 pessoas feridas no sábado, incluindo duas em estado grave, quatro em estado moderado e 15 com ferimentos leves.
Alguns dos feridos sofreram ferimentos de bala. Outros foram feridos por estilhaços, disse o Centro Médico Kaplan.
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Publicado por Thâmara Kaoru