Lira diz que Câmara é inviolável e que STF deve decidir caso Daniel Silveira
Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar no dia 20 de abril a ação penal contra o deputado; Silveira passou a noite na Câmara dos Deputados para evitar o uso de tornozeleira eletrônica
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se manifestou nesta quarta-feira (30) sobre o caso do deputado Daniel Silveira, que passou a noite nas dependências da Câmara para evitar o uso de uma tornozeleira eletrônica.
Em nota, Lira diz que as “decisões judiciais devem ser cumpridas assim como a inviolabilidade da Casa do Povo deve ser preservada.”
“Sagrada durante as sessões, ela tem também dimensão simbólica na ordem democrática. Ideal que o STF analisasse logo os pedidos do deputado Daniel Silveira e que a Justiça siga a partir desta decisão – mais ampla da nossa Corte Superior”, diz a nota de Lira.
O presidente da Câmara diz ainda que seria “desejável que o Plenário do STF examinasse esses pedidos o mais rápido possível”.
O Supremo vai analisar no dia 20 de abril a ação penal contra o deputado Daniel Silveira. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do STF.
Silveira se recusa a usar tornozeleira
O deputado Daniel Silveira se recusou a instalar a tornozeleira eletrônica na noite desta quarta-feira (30).
Segundo um ofício da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), uma equipe policial se deslocou até a Câmara dos Deputados para a instalação do equipamento conforme determinação de Moraes.
“Houve o deslocamento de equipe policial à Câmara dos Deputados para a instalação de aparelhagem de monitoração eletrônica no Sr. DANIEL LÚCIO DA SILVEIRA, Deputado Federal. Entretanto, o referido Parlamentar recusara o recebimento da comunicação acerca do cumprimento da decisão judicial (Ofício Nº 517/2022 – SEAPE/GAB), bem como declinou a assinatura de termo de recusa de instalação de monitoração eletrônica”, diz trecho do documento obtido pela CNN.
*Com informações de Gabriel Hirabahasi e Vianey Bentes, da CNN, em Brasília