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    Eleições 2022

    Lira diz que Bolsonaro erra ao atacar urnas e difere transparência e contestação

    Presidente da Câmara dos Deputados defendeu o sistema eleitoral brasileiro e comentou a posse de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral

    Luciana Amaralda CNN , em Brasília

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quinta-feira (18), que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), erra ao atacar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. Ele também disse haver diferença entre querer transparência e contestação.

    Em evento do BTG Pactual, Lira pontuou que disse isso pessoalmente ao presidente. “Já disse a ele, já pedi, já falei, já votamos no Congresso essa questão. Então há uma diferença entre querer transparência e querer contestação”, avaliou.

    A declaração foi feita em meio a comentários sobre a posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reuniu Bolsonaro e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – principal adversário do mandatário na disputa ao Planalto –, Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e José Sarney.

    Também estavam presentes Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Congresso, além de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores e embaixadores.

    Para o presidente da Câmara, a presença de políticos de diversas linhas e autoridades de instituições diferentes foi “uma demonstração de toda a classe política que ali era um ato de quase que uma confraternização institucional de todas as tendências”.

    Lira destacou que é necessário respeitar o resultado das urnas. “Precisamos de eleições transparentes, sim, sem dúvida, mas o resultado das urnas eletrônicas, ele é reconhecido. Já disputei oito eleições, seis em urnas eletrônicas. Não teria nenhuma condição de falar mal do sistema”, observou.

    “Vamos para uma eleição, devemos respeitar o resultado democraticamente. Quem ganhar tomará posse. Quem perder se resignará a ficar na oposição”, acrescentou.

    Ele também declarou que “esse assunto não faz bem ao Brasil, não faz bem ao presidente Bolsonaro, não faz bem à Justiça Eleitoral”. Portanto, “todos têm que se conter”.

    “Ficar discutindo urna não vai levar a canto nenhum. Isso instabiliza, isso dá insegurança, isso não dá previsibilidade. O Brasil terá um 3 de outubro normal esse ano, como teve nos últimos 30 anos”, afirmou.

    Por fim, Arthur Lira defendeu que a democracia brasileira, “apesar de jovem, é muito forte”.

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