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    Lira discute marco fiscal com relator e líderes nesta segunda-feira

    À CNN, relator Cláudio Cajado disse que irá defender aprovação do texto sem as alterações do Senado, que ele considera serem políticas e não técnicas. Governo também tenta encontro de ministros da área econômica com relator nesta semana

    Basília Rodriguesda CNN

    Brasília

    Ainda sem consenso sobre as mudanças feitas pelo Senado no marco fiscal, o presidente da Câmara, Arthur Lira, marcou encontro com as lideranças da Casa e o relator do texto na Câmara, Cláudio Cajado, nesta segunda-feira (14).

    A reunião será às 19h, na residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília. À CNN, Cajado afirmou que vai defender aos líderes que aprovem o marco fiscal do jeito que passou na primeira votação na Câmara, em maio, sem incluir as mudanças feitas depois pelos senadores.

    “O Senado não agiu tecnicamente. Faltou critério técnico. Tudo o que tem impacto no resultado primário tem que estar na base das despesas. Eu prefiro manter todo o meu relatório [como aprovado na Câmara]. Vou defender meu relatório”, disse.

    De acordo com ele, a decisão caberá aos líderes partidários. “As alterações que podem ser promovidas não são sustentáveis mas se a maioria dos líderes entender que tem que deixar, não vou fazer cavalo de batalha, eu respeitarei e aceitarei”.

    Além dos deputados, técnicos da Câmara devem participar do encontro. A versão defendida por Cajado choca com expectativa do governo de antecipar recursos na Lei Orçamentária de 2024, por meio de emendas condicionadas, que abririam espaço entre R$ 32 e 40 bilhões.

    Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, querem uma reunião a parte com o relator nesta semana. Para integrantes da equipe econômica ouvidos pela CNN, neste domingo (13), há informações desencontradas sobre as emendas condicionadas.

    A modalidade garantiria, na avaliação do governo, maior reserva de recursos agora e não diminuiria poderes do Legislativo de ter que autorizar a execução orçamentária. O objetivo é convencer o relator a aceitar essa mudança em seu texto. Cajado e Haddad devem conversar por telefone, nesta segunda-feira, para marcar o dia do encontro.