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    Lira cobra cumprimento de acordos após relator retirar “taxa das blusinhas” de projeto de lei

    Presidente da Câmara informou que conversou com Haddad para garantir o acordo

    João Rosada CNN , Brasília

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou o cumprimento de acordos políticos após o relator do projeto de lei (PL) que cria o Programa de Mobilidade Verde (Mover) retirar o trecho sobre taxação de compras internacionais, que vem sendo chamado de “taxa das blusinhas”.

    “Um fato importante é que as coisas têm que ter uma orientação única em relação aos acordos que são firmados entre as matérias que tramitam no Congresso Nacional. Eu penso que o governo irá corrigir e votar o texto que foi acordado”, afirmou Lira a jornalistas nesta terça-feira (4).

    O plenário do Senado adiou, nesta terça-feira (4), a votação do PL que cria o Mover. No início da manhã, o relator da matéria, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), anunciou a retirada do trecho que tratava da taxação de compras internacionais.

    Lira defendeu o texto aprovado pela Câmara, com o trecho que taxa as compras internacionais, e afirmou que conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para garantir o acordo.

    O presidente da Câmara também disse que procurou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para conversar sobre o trecho retirado do texto.

    “Eu procurei o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, que me informou que os partidos estavam se organizando para, através de um destaque ou um requerimento de preferência, restabelecer o texto do acordo”, afirmou Lira.

    Com o adiamento da votação, a expectativa é de que os senadores apreciem a matéria nesta quarta-feira (5). Os parlamentares poderão apresentar destaque ao texto de

    Cunha para alterar o parecer divulgado por ele. Se houver mudanças no projeto, a matéria precisará retornar à Câmara dos Deputados.

    “Se o Senado modificar o texto, obrigatoriamente tem que voltar para a Câmara. Não sei como os deputados vão encarar uma votação que foi feita por acordo. Não é fácil votar uma matéria quando ela tem uma narrativa de taxar blusinhas. Não estamos falando disso, estamos falando de emprego, de justiça de competição, de indústria nacional”, complementou o presidente da Câmara.