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    Líderes do União Brasil rebatem PT e defendem permanência de ministro das Comunicações

    Parlamentares comparam a situação de Juscelino Filho com a de políticos do PT também alvos de denúncia

    Basília Rodrigues

    Os líderes da bancada do União Brasil na Câmara e no Senado emitiram nota neste domingo (5) de apoio ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e com críticas à presidente do PT, Gleisi Hoffman, que defendeu o afastamento do ministro.

    Elmar Nascimento (BA), que comanda o partido entre deputados, e Efraim Filho (PB), líder no Senado, comparam a situação de Juscelino com a de políticos do PT também alvos de denúncias. Sem citar nomes de petistas investigados, eles cobram da presidente do PT o mesmo tratamento.

    “Lamentamos que Gleisi utilize dois pesos e duas medidas para tratar de assuntos inerentes à vida pública. Quando atitudes dos seus aliados são contestadas – e não faltaram acusações a membros do PT na história recente do país – a parlamentar prega o direito de defesa. Quando a situação se inverte, prefere fazer pré-julgamentos”, afirmam.

    Desde o governo de transição, o PT briga pelo comando da pasta, mas perdeu a vaga para o União Brasil.

    Juscelino Filho teve a permanência no governo colocada em dúvida após uso avião da FAB em viagem em que participou de eventos pessoais de promoção de cavalos.

    Um termo que tem sido comum entre membros do governo que não concordam com a demissão agora é chamar atenção para a presunção de inocência. O discurso tem sido utilizado até mesmo por ministros petistas que estão no governo e não consideram que este seja o momento para demissões.

    “Será que a presidente Gleisi fará a mesma declaração caso um integrante do seu partido seja alvo de ataques? O direito de defesa e a presunção da inocência, pilares do Estado Democrático de Direito, são válidos para Gleisi, Juscelino e todos os brasileiros”, dizem os líderes.

    O ministro retorna ao Brasil neste domingo e estará em reunião com Lula, nesta segunda-feira, para definir sua situação no governo.

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