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    Lula quer reuniões frequentes com lideranças partidárias para melhorar diálogo, diz líder do governo

    Em busca de base na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) quer aproximar o ministro Rui Costa do presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), para aprimorar diálogo do governo com a casa

    Marcos Amorozoda CNN , Em Brasília

    O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que vai organizar encontros entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os líderes dos partidos na Casa para melhorar a articulação política do governo.

    Guimarães declarou também que, até o fim do ano, a administração petista vai ter uma relação “azeitada” com a Câmara.

    “O governo está azeitando a relação [com a Câmara] e, até o fim do ano, estará completamente azeitada. O presidente pediu para ter reuniões semanais ou quinzenais com os líderes, lá no Alvorada, para conversar. O governo tem seus articuladores políticos, mas é bom o presidente estar próximo, e queremos aprimorar isso”, afirmou Guimarães.

    Até o recesso parlamentar de julho, o Planalto espera votar as mudanças nas regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o marco fiscal e a reforma tributária. E, para isso, ter diálogo com os parlamentares é fundamental para a aprovação dos temas.

    Por isso, o líder do governo aposta nesses encontros para aproximar o governo dos deputados, que, desde o começo do ano, deixam clara a insatisfação generalizada com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

    Eles alegam demora na liberação de cargos e emendas parlamentares, além da falta de diálogo com os parlamentares.

    “Não tem chefe da Casa Civil que não se envolva em política. A Casa Civil tem que fazer política. Eu vou fazer um café, ainda neste semestre, dos líderes com Rui Costa nos próximos dias. É fundamental. Eu mesmo fiz um esforço para colocar ele em diálogo com os líderes e com Lira”, explicou Guimarães.

    Sobre as dificuldades enfrentadas pelo governo neste primeiro semestre para aprovar projetos na Câmara, devido à falta de uma base de apoio consolidada, Guimarães minimizou e exaltou que o Executivo aprovou 87 matérias na casa. O líder citou também que o governo vai priorizar o envio de projetos de lei ao invés de decretar medidas provisórias.

    “O maior drama meu aqui foi a MP dos Ministérios, parecia que o teto deste plenário ia cair na nossa cabeça. Fora isso, nós tivemos dois problemas, pequenos perto do que aprovamos aqui: o decreto do saneamento, que não teve discussão anterior, e a questão da MP da Mata Atlântica”, pontuou.

    “Evidentemente que você tem matérias, sobretudo nas matérias econômicas e sociais, que você tem um quórum maior. Não tem um anúncio do tamanho da base, mas, nas principais matérias para o governo, partidos como União Brasil, Republicanos, MDB, PL e PSD, além dos partidos que já votam com a gente, têm entregado seus votos”, afirmou.

    Guimarães também negou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha cobrado cargos e ministérios do governo.

    Segundo o líder do governo, todas as reuniões entre Lula e Lira foram para discutir “o interesse do país”.

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