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    Líder de Kalil na Câmara de BH renuncia momentos antes de votação que poderia cassar mandato

    Chamado de corrupto por vereadores, Léo Burguês renunciou após ser denunciado pelo MPMG por crimes contra a administração pública

    Polícia Civil investiga suspeita de 'rachadinha' em gabinete do verador Léo Burguês (PSL) em BH
    Polícia Civil investiga suspeita de 'rachadinha' em gabinete do verador Léo Burguês (PSL) em BH Foto: Karoline Barreto/CMBH

    Marcos Guedesda CNN

    Um dos principais aliados do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), o vereador Léo Burguês (União), denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por “rachadinha” e chamado de corrupto pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel (sem partido), renunciou ao mandato na tarde de ontem (8), momentos antes de uma votação que decidiria a abertura de processo de cassação contra ele.

    Fontes ligadas à Câmara de Vereadores disseram que eram grandes as chances da cassação e, segundo palavras do vereador Gabriel, Burguês renunciou para não perder os direitos políticos.

    “Ainda hoje, eu vi ele tentando comprar votos para se livrar e não conseguiu”, disse.

    Antes de renunciar, Burguês apresentou um vídeo que mostra o ex-vereador Carlos Henrique (PTB), apresentando ao presidente da Casa, um pedido de cassação contra o vereador Ciro Pereira (PTB). O parlamentar estaria envolvido em um esquema de rachadinha e funcionários fantasmas.

    “Quem deveria agir de maneira imparcial  trata com parcialidade e aproveita para fazer promoção pessoal em cima do nome de outro vereador. Como nós estamos aqui em um processo político, eu gostaria de renunciar ao meu mandato”, disse Léo Burguês.

    No plenário, Gabriel classificou o vídeo como um teatro lamentável e disse que também gravou a reunião, com autorização do corregedor da Casa. “A tentativa do senhor Carlos Henrique em me achacar, dizendo que ele gostaria de ter a cadeira do senhor Ciro. Este é o teatro lamentável que o senhor Léo burguês resolveu fazer, agora ex-vereador desta casa”, finalizou.

    Léo já havia sido indiciado em 16 de janeiro pelos crimes de “rachadinha”, contratação de funcionários fantasmas, uso da máquina pública em benefício próprio, entre outros contra a administração pública. O pedido de cassação foi protocolado no fim de janeiro pelo advogado Mariel Marley Marra. Em 5 de fevereiro, a Câmara Municipal recebeu a denúncia.

    Na data de ontem (8), os vereadores votariam se aceitariam ou não a denúncia para posteriormente, no prazo de 90 dias, elaborarem um parecer final que poderia ou não indicar a cassação de Burguês.

    Respostas

    Perguntado sobre as gravações feitas pelo ex-vereador Carlos Henrique, o vereador Gabriel (sem partido), presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, informou que ingressou com uma queixa-crime em face dos ex-vereadores Carlos Henrique e Léo Burguês. Gabriel informou que Burguês já havia atuado da mesma forma no mandato anterior e que as acusações não foram provadas na ocasião.

    “A tentativa de uma cortina de fumaça para despistar a imprensa e a sociedade não pode ficar sem punição” finaliza.

    Léo Burguês foi procurado pela reportagem, mas não retornou o contato. Alexandre Kalil não quis se posicionar.