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    Lewandowski enfrenta primeira crise e marca diferença com Dino

    Fuga no RN deixou evidente como "tambor e violino" tocam ritmos diferentes no Ministério da Justiça

    Lewandowski, a convite de Lula, assumiu o lugar de Dino no comando do Ministério da Justiça
    Lewandowski, a convite de Lula, assumiu o lugar de Dino no comando do Ministério da Justiça 01/02/2024 - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    Basília Rodriguesda CNN

    Brasília

    A fuga de presos da penitenciária de segurança máxima federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, é o primeiro teste de fogo da gestão Ricardo Lewandowski à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    Por se tratar de uma das áreas mais sensíveis do governo, ao aceitar o convite para ocupar a pasta, Lewandowski sabia — bem como seus críticos — que ele estava assumindo a missão de lidar constantemente com problemas.

    A pasta cuida de queixas de direito do consumidor a estratégias para fechar o cerco contra o crime organizado transnacional.

    Antes de completar 15 dias no cargo, e já com uma crise no pacote, Lewandowski optou por uma postura diferente do seu antecessor, Flávio Dino.

    O episódio deixou evidente como “tambor e violino”, como lembrado por Dino ao deixar o ministério, tocam ritmos diferentes.

     

    No lugar de entrevistas e publicações na internet, a pasta divulgou notas. Em 20 anos de sistema federal de segurança máxima, nunca havia ocorrido uma fuga.

    Durante todo o dia, houve cobrança por mais exposição de dados pelo ministério sobre a situação inédita. Mas Lewandowski e equipe tomaram uma atitude cautelosa, sem divulgar informações ainda incertas, evitando qualquer comentário que depois pudesse gerar contradições ou desmentidos.

    As primeiras informações da fuga em Mossoró (RN) chegaram cedo à pasta, nesta quarta-feira (14). O ministro tomou a decisão de encaminhar o secretário nacional de políticas penais, André Garcia, para o Rio Grande do Norte.

    Ao final do dia, veio a decisão de afastar a direção da penitenciária e partir para intervenção. Expediente que se popularizou na gestão passada, em que o secretário executivo Ricardo Capelli figurou como o interventor em momentos de grave crise.

    O teste ainda não acabou. Lewandowski será chamado a tocar, muito além do violino, na Comissão de Segurança Pública da Câmara diante de pedidos da oposição para que ele preste esclarecimentos.

    Em um ano de governo, o tambor Dino deixou de comparecer a três convocações. Esteve presente em outras oportunidades, quando travou duros embates com opositores barulhentos.