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    Lewandowski autoriza que Lula use mensagens atribuídas a Deltan para pagar indenizações

    No mês passado, a 4ª Turma do STJ condenou Dallagnol a pagar uma multa a Lula por PowerPoint usado pela Lava Jato

    Gabriel Hirabahasida CNN , em Brasília

    O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a defesa do ex-presidente Lula use algumas mensagens obtidas na operação Spoofing em um recurso apresentado contra o ex-procurador Deltan Dallagnol no caso do PowerPoint.

    A decisão foi assinada na última sexta-feira (1º) e publicada nesta segunda-feira (4).

    Nas mensagens, obtidas a partir da invasão de hackers que invadiram as contas de procuradores e do ex-juiz Sergio Moro, Deltan relata a pessoas próximas a intenção de criar um fundo de recursos para pagar eventuais multas a partir de condenações na Justiça por causa da ação na Lava Jato.

    Lewandowski determinou que a defesa de Lula possa utilizar os diálogos no caso.

    No mês passado, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça condenou Dallagnol a pagar uma multa a Lula por causa do PowerPoint usado pela Lava Jato para acusar Lula de ser o chefe de uma organização criminosa envolvendo a Petrobras.

    No pedido apresentado ao STF, a defesa de Lula afirma que, “já em 2017, indicam as mensagens que Deltan Dallagnol constituiu um “fundo financeiro” com numerário oriundo do pagamento de palestras ministradas para custear eventual derrota na ação judicial referida alhures, ora movida pelos advogados do Reclamante sobre a entrevista coletiva do famigerado “power point”. Confira-se, pois, os seguintes diálogos encontrados nos arquivos oficiais da “Operação Spoofing”, conforme indicado no anexo laudo elaborado pelo perito Cláudio Wagner”.

    “Depois da ação do Lula, vou cobrar as palestras para colocar num fundo voltado pra isso… mas, se não usar, empregarai (sic) na causa contra a corrupção, inclusive na possibilidade daquele plano de futuro sobre o qual conversamos em off Vc, Fábio e eu”, segundo mensagem atribuída a Deltan.

    “A questão é: todas as finalidades que não quero declarar expressamente (custeio da ação do Lula contra mim e eventual plano de futuro em off) estão abrangidos no texto, a seu ver?”, teria questionado o procurador.

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