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    Lesa Pátria: Deputado de Goiás que declarou ter financiado acampamentos é alvo de operação

    Amauri Ribeiro (União Brasil) é suspeito de participar e fomentar os atos do 8 de janeiro

    Larissa RodriguesElijonas MaiaThayana Araújoda CNN

    em Brasília

    A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta terça-feira (29), dois mandados de busca e apreensão contra o deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil), em nova fase da Operação Lesa Pátria. Um dos endereços é em Goiânia e o outro em Piracanjuba.

    A PF quer saber se o parlamentar financiou os atos criminosos do 8 de janeiro com dinheiro próprio ou se mais alguém repassou para ele mandar para os acampamentos golpistas, disseram fontes à CNN.

    A defesa do de Amauri Ribeiro confirmou que a polícia esteve nas duas casas do parlamentar e que ele teve o celular apreendido. Além disso, informou que irá pedir acesso aos autores que originaram a medida cautelar de busca e apreensão.

    Em junho de deste ano, o deputado estadual declarou na tribuna da Alego que teria financiado os atos de 8 de janeiro.

    Em sua fala, o parlamentar comparou sua situação à do coronel Benito Franco, da Polícia Militar de Goiás, preso em 18 de abril durante a Operação Lesa Pátria da Polícia Federal (PF), que investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro.

    “Eu não vou debater aqui sobre a questão do coronel Franco, porque eu acredito que um dos deputados que tenham subido aqui e defendido esse coronel fui eu, sempre. A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem desse estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso”, afirmou Amauri, na ocasião.

    “Respondendo ao senhor, deputado Mauro Rubem [PT], eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender. Eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha na visão de vocês”, prosseguiu.

    Amauri declarou, durante o discurso, que ajudou nos acampamentos levando comida, água e que, inclusive, contribuiu com dinheiro. Disse também que teria ficado na porta dos quartéis por ser “patriota”. “Então, respondendo a sua pergunta, o dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação e que defende esse país e não concorda com governo corrupto e bandido”, finalizou.

    Na época, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, disse que ia levar o caso do deputado para a Executiva, mas segundo apurou a CNN não andou nada sobre punir ele. Voltaram a discutir o assunto agora.

    A Operação Lesa Pátria visa identificar pessoas que participaram, financiaram, se omitiram ou fomentaram os atos criminosos de 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios públicos.

    Por isso, a apuração se debruça sobre crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

    Veja também: Força Nacional usou dois batalhões contra manifestantes no 8 de janeiro