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    Leite pede R$ 10 bilhões para recompor perdas na arrecadação dos municípios gaúchos

    Agenda com o presidente Lula já foi solicitada, segundo o governador

    Fábio Pozzebom/Agência Brasil

    Taísa MedeirosMarina Demorida CNN

    Brasília

    O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) avalia ser necessário de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões para repor os impactos na arrecadação dos municípios gaúchos por conta das enchentes que assolam o estado.

    Leite informou, nesta quarta-feira (5), que já solicitou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma agenda para debater os repasses e a criação de um programa para manutenção de emprego e renda, conforme antecipou o analista da CNN Caio Junqueira, no início desta semana.

    O governador destacou dois pleitos para a União.

    “Um programa para a manutenção de emprego e renda, que é essencial para as empresas que foram afetadas pelas enchentes, assim como foi feito na pandemia, [com] o governo pagando parte dos salários e ter uma possibilidade de redução de jornada (…). E termos também recomposição de receitas para o governo”, disse ele.

    “O governo e as prefeituras já sofreram e vão sofrer nos próximos meses a prestação de serviços à população do lado da arrecadação do estado”, afirmou.

    O governador salientou que a suspensão da dívida será canalizada inteiramente para a reconstrução do estado. Por isso, segundo ele, haverá uma queda forte do lado da arrecadação, que deve atrapalhar a prestação de serviços e outros investimentos do estado.

    Conforme apurou a CNN, não há definição ou previsão para essa agenda ocorrer, mas há expectativa de que o presidente da República receba, sim, o governador gaúcho para tratar sobre os temas.

    O Palácio do Planalto avalia, segundo fontes, que ainda falta um gesto de gratidão do governador gaúcho ao governo federal devido às ações já tomadas diante da situação de calamidade.

    A respeito da manutenção do emprego e renda, Leite lamentou não ter recebido nenhuma sinalização de programa.

    “Entendo que seja uma preocupação também do governo federal, mas até aqui não houve nenhuma sinalização. O formato [em que será realizado] é menos relevante para nós, mas tem que ter algum programa, e é urgente. Se não for apresentado rapidamente, podemos ter muitas demissões”, alertou.

    Comitê científico

    Leite participou, junto com governadores dos demais estados brasileiros, de agenda em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, com a presença da ministra Marina Silva. O governador afirmou que foi instituído um comitê científico para adaptação e resiliência climática, e que a participação da pasta já foi solicitada.

    “Pedimos contribuição de novos especialistas, de tudo que a gente possa ter de aproveitamento da academia e de especialistas que nos ajudem, orientem a reconstrução para a melhora do estado. Respeitando o meio ambiente, construindo resiliência para enfrentar as mudanças climáticas”, disse.

    Além de Leite, estiveram presentes os governadores da Bahia, Mato Grosso, Roraima, Mato Grosso do Sul, Acre e Pará.