Kleber Mendonça Filho, Manoel Rangel e Kleber Lucas integram equipe de cultura da transição
A indicação de Kleber Lucas é um aceno aos evangélicos; artista havia declarado voto em Luiz Inácio Lula da Silva
O grupo técnico responsável pela área da Cultura na transição do governo federal ganhou mais três integrantes: o cineasta Kleber Mendonça Filho, o cantor gospel Kleber Lucas e o cineasta e ex-diretor-presidente de Agência Nacional do Cinema Manoel Rangel.
Os nomes ainda precisam ser oficializados, mas foram confirmados pela CNN. Eles se juntam a outros seis nomes que já haviam sido anunciados e completam o grupo que coordena a área de cultura do gabinete de transição. Os nove realizam na manhã desta sexta-feira (18) a primeira reunião da equipe.
A indicação de Kleber Lucas é um aceno aos evangélicos. Durante a campanha eleitoral, o artista havia declarado voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fazendo contraponto a outros cantores gospel que fizeram campanha a Jair Bolsonaro (PL). Kleber Lucas tem entre os títulos o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Cristã, com o disco “Profeta da Esperança”.
Já o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, que também passa a integrar a transição, venceu em 2019 o Prêmio do Júri do Cannes por “Bacurau”. Neste ano fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro durante participação na 31.ª edição do Festival Biarritz América Latina, realizado na França.
O cineasta Manoel Rangel foi diretor-presidente da Ancine entre dezembro de 2006 e maio de 2017. Rangel também foi assessor especial de Gilberto Gil no Ministério da Cultura entre junho de 2004 e maio de 2005. O cineasta é um dos nomes cotados para assumir a pasta, que será recriada no governo Lula.
A lista de coordenadores da área de cultura do gabinete de transição já contava com a atriz Lucélia Santos, que foi candidata a deputada federal pelo Rio de Janeiro; a cantora baiana Margareth Menezes; e o músico pernambucano Antônio Marinho.
Também coordenam o grupo Juca Ferreira, que foi ministro da Cultura nos governos Lula e Dilma; a deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG) e o secretário nacional de Cultura do PT, Márcio Tavares.
