Justiça quebra sigilo de 26 pessoas ligadas a Carlos Bolsonaro
São investigados ex-funcionários do gabinete do filho do presidente na Câmara Municipal do Rio de Janeiro
A quebra de sigilo bancário e fiscal autorizada pela Justiça do Rio, no dia 24 de maio desse ano, atingiu não só o vereador Carlos Bolsonaro, do Republicanos, como outras 26 pessoas. A lista inclui pessoas que trabalharam no gabinete na Câmara de Vereadores do Rio e pessoas que têm ligação com o parlamentar.
A investigação do Ministério Público Estadual do Rio tenta encontrar indícios da prática conhecida como “rachadinha”, que consiste na retenção de parte dos salários dos funcionários comissionados. Prática considerada ilegal.
Carlos cumpre o sexto mandato como vereador no Rio de Janeiro. O irmão dele, Flávio Bolsonaro, que hoje é senador é investigado pela mesma prática quando ainda era deputado estadual no Rio de Janeiro. As duas investigações estão sob sigilo. No caso de Flávio, o processo foi interrompido quando ele se tornou senador da República e ganhou foro privilegiado. As informações sobre a extensão da quebra de sigilo foram confirmadas pela CNN com pessoas ligadas à investigação.
O filho do presidente que ocupa um gabinete na Câmara Municipal ainda não foi denunciando nesse inquérito. A defesa disse que sequer teve acesso a uma cópia do processo. Carlos Bolsonaro afirmou em sua conta no twitter que os fatos revelados são velhos e que a investigação não chegou em lugar nenhum, sem citar diretamente o processo.
“Na falta de fatos novos, requentam os velhos que obviamente não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa. Aos perdedores, frustrados por não ser o que sempre foram, restou apenas manipular e mentir. É o que mais acusam e o que mais fazem!” publicou o vereador.