Justiça Militar começa a enviar ao STF processos de militares envolvidos em atos
Ministro Alexandre de Moraes decidiu que caberá à Suprema Corte o julgamento de militares que atuaram nos ataques às sedes dos Três Poderes
A Justiça Militar começou a remeter nesta terça-feira (28) as investigações preliminares e os processos em fase de instrução que envolvem a participação de militares nos atos criminosos do dia 8 de janeiro, em Brasília.
A medida ocorre pouco mais de 24 horas depois do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir que caberá à Suprema Corte o julgamento de militares que atuaram nos ataques às sedes dos Três Poderes.
Havia pelo menos 17 procedimentos abertos no âmbito da Justiça Militar para apurar a conduta de militares.
São casos que vão desde o envolvimento de oficiais da reserva, até situações em fase inicial de investigação que apura participação ou leniência do ex-comandante do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) nos atos.
A decisão de Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal, que solicitou ao ministro que reconhecesse que a competência para processar servidores militares das Forças Armadas nos atos antidemocráticos seria do Supremo.
Segundo a PF, militares ouvidos na 5ª fase da Operação Lesa Pátria “indicaram possível participação/omissão dos militares do Exército Brasileiro, responsáveis pelo Gabinete de Segurança Institucional”.
Integrantes da Justiça Militar ressaltaram à CNN que a decisão de dar celeridade ao envio dos casos passa o sinal de comprometimento com a elucidação dos crimes de 8 de janeiro.