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    Justiça do Rio nega prisão domiciliar para Cristiane Brasil

    No pedido feito pela defesa, Brasil alega ser parte do grupo de risco para coronavírus

    A ex-deputada federal Cristiane Brasil
    A ex-deputada federal Cristiane Brasil Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

    Leandro Resendeda CNN

    A Justiça do Rio negou o pedido de prisão domiciliar feito pela ex-deputada federal Cristiane Brasil, presa desde o dia 11 de setembro por supostos desvios em contratos de assistência social celebrados pela prefeitura e governo do Rio. O esquema investigado envolve o desvio de recursos da Fundação Leão XIII, que presta serviços à pessoas pobres no estado do Rio.

    No pedido feito pela defesa, Brasil alega ser parte do grupo de risco para coronavírus. A filha de Roberto Jefferson, presidente do PTB, alegou fazer tratamento psiquiátrico desde 2018, mas a juíza Simone de Faria Ferraz, da 26a Vara Criminal do Rio, entendeu que ela deve permancer no presídio.

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    A Justiça acompanhou o parecer do Ministério Público do Rio, que argumentou a favor da necessidade de manter Cristiane Brasil presa. “Há fortíssimos indícios de que a organização criminosa continuava a atuar, em consonância com as provas obtidas através da apreensão dos aparelhos de telefonia celular dos acusados Marcus Vinícius e Flávio Chadud, havendo, inclusive a renovação de contrato da sociedade empresária Servilog no ano de 2019, já na gestão do atual governo”, sublinhou o MP do Rio.  O órgão ainda afirma que é inegável a existência de fatos novos que demonstram a necessidade de prisão cautelar da ex-deputada. 

    Ontem, a CNN mostrou que Cristiane Brasil contratou a filha de um dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio que irá analisar seu pedido de saída da cadeia. Uma das advogadas que assina o pedido é Juliana França David, filha do desembargador Cairo Ítalo França David, presidente da 5a Câmara Criminal da Justiça do Rio – é lá que tramitam os recursos da ex-parlamentar. O caso deve ser julgado até o final deste mês pelo colegiado. 

    Na decisão, a juíza também negou o pedido de prisão domiciliar feito pelo empresário Flávio Chedud, um dos integrantes do esquema que pode ter desviado até R$ 120 milhões dos cofres do estado. O ex-delegado Mario Jamil Chadud, pai de Flávio, e o ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII João Marcos Borges Mattos. Eles deverão cumprir a prisão em casa, monitorados por tornozeleira eletrônica.