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    Justiça derruba portaria do governo que proibia uso de linguagem neutra

    Desde outubro de 2021, obras financiadas pela Lei Rouanet estavam proibidas de usar expressões como "todx" ou "amigues"

    Assentos de teatro
    Assentos de teatro Foto: Arquivo/Agência Brasil

    CNN Brasil

    A Justiça Federal determinou nessa quarta-feira (30) a suspensão de uma portaria que impedia o uso de linguagem neutra em projetos culturais financiados pela Lei Rouanet.

    Em vigor desde outubro do ano passado, quando foi publicada no Diário Oficial da União, a portaria foi assinada pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula. Pouco depois, o Ministério Público Federal abriu um inquérito para investigar, alegando que configuraria como censura prévia.

    A norma proibia obras que utilizam, por exemplo, palavras como “amigue” e “todxs”, usados para representar pessoas que não se identificam com o gênero masculino ou feminino.

    A decisão, concedida pelo juiz titular da 2ª Vara Federal de Rio Branco, do Acre, Herley da Luz Brasil, afirma que a Constituição brasileira “assegura ampla liberdade na produção da arte, da literatura, da música, do teatro, do cinema, não estando sujeitas a qualquer restrição por parte do Estado”.

    O juiz também afirmou que a linguagem neutra, além de não ofender qualquer direito, nem incitar violência, “é uma expressão que garante inclusão inclusão, dignidade, identidade e expressão de gênero, além de combater discriminação e preconceitos”.

    Com caráter temporário, a portaria está suspensa e a Secretaria de Cultura está proibida de aplicá-la.

    *Editado por Thayana Nunes.