Justiça arquiva caso de câmeras escondidas em apartamento com deputada
Dayany Bittencourt (União-CE) e assessores acharam câmeras no quarto e banheiro; polícia concluiu que não houve crime
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) arquivou o caso das câmeras escondidas no apartamento alugado pela deputada federal Dayany Bittencourt (União-CE) para uma temporada às margens do Lago Paranoá, em Brasília.
A decisão do juiz Pedro de Araújo Yung-Tay Neto acolheu pedido de arquivamento do Ministério Público do DF, com base na investigação da Polícia Civil, que entendeu não haver crime no episódio.
“Não existam elementos suficientes para o oferecimento da denúncia requerer novas diligências ou oficiar pelo arquivamento do feito”, aponta o magistrado na sentença de arquivamento, com trânsito em julgado.
Na semana passada, a CNN revelou que os investigadores da Polícia Civil do DF descobriram que o responsável por instalar as câmeras escondidas no apartamento onde morou a deputada federal é um ex-dono do imóvel e que ela não foi alvo de espionagem.
Em depoimento, o dono dos equipamentos disse ter montado as câmeras há cerca de dez anos para “evitar furtos” e que não sabia mexer no aparelho.
A perícia da PCDF apontou que a parlamentar não foi gravada e analisou mais de 160 mil registros audiovisuais. A PCDF então, enviou o caso, sem indiciamento e sem autoria de crime, ao MPDFT, que concordou e pediu arquivamento.
A investigação veio à tona quando a deputada usou as redes sociais para denunciar o caso, há duas semanas.
Segundo ela, não houve resposta da polícia do DF, então ela procurou o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal investigasse o caso. A PF, no entanto, não respondeu à reportagem se abriu inquérito sobre o caso.
A CNN procurou a deputada para comentar o arquivamento, mas a assessoria da parlamentar disse que ela não vai comentar mais esse caso.