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    Junho é o limite para entender viabilidade de candidato, diz presidente do PSDB

    Demora na definição das candidaturas de terceira via favorece polarização entre Lula e Bolsonaro, afirma Bruno Araújo

    Douglas Portoda CNN em São Paulo

    O presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Bruno Araújo, declarou nesta segunda-feira (31), em entrevista à CNN, que o mês de junho é o limite para entender a viabilidade de uma candidatura ao Palácio do Planalto, em uma eventual unificação da terceira via.

    O governador de São Paulo, João Doria, venceu as prévias em novembro do ano passado, sendo escolhido como candidato do partido à Presidência da República.

    “Seguramente, o mês de junho é o momento adequado para que haja o limite de entender se isso foi possível. Até lá, cada um desses partidos está fazendo seu exercício próprio, fortalecendo seus candidatos. Nós estamos preparando toda a estrutura e coordenação da campanha do governador João Doria”, explica Araújo. O PSDB estuda a formação de uma federação com o Cidadania, que tem como pré-candidato o senador Alessandro Vieira (SE).

    “Vai vir o tempo de propaganda gratuita dos partidos políticos. Nós já estamos discutindo a participação do governador e de nossos candidatos nesse programa, para que nós passamos ter até junho um grau de maturidade entre esse conjunto de partidos e pedir para que essas lideranças junto dos líderes partidários tenham maturidade a um entendimento”, continua.

    Para Araújo, a demora na definição das candidaturas da terceira via “favorece a polarização que está posta”, entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O mandatário do PSDB ainda explica que mantém conversas com o Podemos, que tem o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro como pré-candidato e com o MDB, que conta com a senadora Simone Tebet (MS).

    Doria atua desde o ano passado para que Tebet faça parte de sua chapa eleitoral no posto de vice-presidente. O tucano se reuniu no final do ano passado com a senadora e tem a intenção, segundo aliados do governador, de promover um novo encontro em fevereiro, de acordo com informações do analista de política da CNN Gustavo Uribe.

    Em sentido contrário, um grupo de congressistas tucanos, que apoiou o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite nas prévias, iniciou ofensiva sobre o MDB para que ele mantenha a candidatura própria da senadora.

    Recentemente, os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Aníbal (PSDB-SP) se reuniram com o ex-presidente Michel Temer (MDB). Na conversa, ambos ressaltaram o potencial eleitoral da senadora do MDB.

     

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