Justiça manda soltar ex-secretário de Witzel e empresários investigados
Esquema de corrupção ao qual são investigados teria ocorrido durante a instalação de hospitais de campanha
A juíza Caroline Vieira, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, mandou soltar o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do governo de Wilson Witzel, Lucas Tristão. Ele havia sido preso na operação Placebo, um desdobramento da Lava-Jato no Rio, que investiga um esquema de corrupção na área da Saúde, envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha durante a pandemia da Covid-19.
Além de Lucas Tristão, também foram soltos os empresários Alessandro de Araújo Duarte, Cassiano Luiz da Silva e Juan Elias Neves de Paula, apontados pelo Ministério Público Federal como operadores financeiros do esquema. As prisões foram trocadas por medidas cautelares.
As medidas cautelares que foram impostas são uso da tornozeleira eletrônica, proibição de manter contato com acusados, proibição de prestar consultoria ou administrar empresas indicadas na denúncia, proibição de se ausentar do país, entrega do passaporte e obrigação de comparecer a todos os atos do processo quando a presença for relevante.
A juíza Caroline Vieira substitui o juiz Marcelo Bretas, que se deu impedido para julgar o caso. Ela acolheu o argumento da defesa de “excesso de prazo” das prisões após oito meses encarcerados.
Lucas Tristão e os empresários estavam presos desde agosto de 2020.