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    Juiz Marcelo Bretas será julgado por participar de evento com Bolsonaro

    Em maio, o juiz começou a ser investigado no TRF2 por determinação do então corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins

    Leandro Resendeda CNN

    O Tribunal Regional Federal da 2a Região irá julgar o juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e responsável pelos casos da Operação Lava Jato no estado, por participar de um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro. O julgamento ocorrerá no Órgão Especial do TRF-2 na quinta-feira (17)  e o magistrado pode ser punido, uma vez que juízes não podem se envolver em atividades político-partidárias. 

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    Em fevereiro deste ano, Bretas foi ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do prefeito do Rio Marcelo Crivella na inauguração de uma obra na Ponte Rio-Niterói. Depois, Bretas participou ao lado dos dois de um evento evangélico na praia de Botafogo. 

    O julgamento ocorre uma semana após Bretas tornar réus alguns dos principais advogados criminalistas do Brasil. Em maio, o juiz começou a ser investigado no TRF2 por determinação do então corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, que hoje é presidente do Superior Tribunal de Justiça.

    Nesta semana, o filho dele, o advogado Eduardo Martins, foi alvo de busca e apreensão determinada por Bretas. Ele é investigado por ter recebido R$ 82 milhões para atuar em causas da Fecomércio do Rio de Janeiro – o advogado aparece na delação de Orlando Diniz, que presidiu por anos a entidade.  

    A CNN apurou que a inclusão do julgamento na pauta foi feita no dia 2 de setembro, e que Bretas foi intimado no dia 4. Antes, portanto, da deflagração da operação que atingiu vários escritórios de advocacia. Bretas pode sofrer punições que vão de uma advertência até a suspensão de sua atuação na Justiça federal.

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