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    Joias sauditas: PF ouve três funcionários da Apex sobre gestão de pai de Mauro Cid

    Comissão interna da agência apura supostos desvios durante a administração do general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, entre 2019 e 2022

    Gabriela Pradoda CNN

    Brasília

    A Polícia Federal (PF) intimou três funcionários da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) sobre a suspeita do uso do escritório de Miami, nos Estados Unidos, para a venda das joias presenteadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    O caso teria acontecido durante a gestão do general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O militar ocupou o cargo máximo na agência de Miami entre 2019 e 2022.

    A informação foi revelada pelo portal UOL e confirmada pela CNN.

    Os funcionários estavam em Brasília, na semana passada, após serem convidados para dar explicações à uma comissão interna da Apex que apura supostos desvios na gestão do general Cid.

    A PF convocou para depoimento Michael Rinelli, analista de investimentos, Fernando Spohr, representante da Apex-Miami, e Paola Bueno, integrante da área de recursos humanos.

    Apesar de, na semana passada, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid ter prestado depoimento, integrantes da PF dizem que não há relação com os depoimentos dos funcionários da Apex.

    O site UOL publicou, no dia 2 de abril, que o general teria usado a estrutura da agência para tratar de planos golpistas.

    Lourena Cid ainda teria voltado algumas vezes ao escritório em Miami, segundo a reportagem, após ter deixado o cargo. O objetivo teria sido apagar informações do celular corporativo e de computadores da Apex.

    Segundo relatos de funcionários e ex-funcionários da agência à CNN, Rinelli teria admitido a integrantes da Apex que apagou celulares e computadores que estavam com o general por uma ordem de Spohr e Paola.

    Há um desconforto entre os atuais funcionários da Apex em Miami pelo fato de eles continuarem exercendo os cargos, mesmo com a apuração interna em andamento.

    No Brasil, porém, a diretoria não quer tomar decisões sumárias e a comissão interna instaurada tem 60 dias para finalizar os trabalhos.

    Como adiantou a CNN, a PF vai para os Estados Unidos, a partir do dia 25 de abril. Os agentes em colaboração com o FBI vão apurar a venda de joias por parte de aliados de Bolsonaro. A investigação do caso começou no primeiro semestre de 2023.

    A CNN entrou em contato com os três funcionários citados e a defesa do general Cid, mas não recebeu retorno. O espaço segue aberto para manifestação.