João Vitor Xavier promete congelar IPTU e rever plano diretor de Belo Horizonte
Candidato do Cidadania diz que ao não aumentar e corrigir valor será possível ter uma diminuição progressiva do imposto
O candidato do Cidadania à prefeitura de Belo Horizonte, João Vitor Xavier, afirmou nesta quarta-feira (28), em sabatina à CNN, que não aumentará o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) nos quatro anos de seu eventual mandato e que irá rever o plano diretor da cidade para permir a retomada da construção civil na cidade.
“Acreditar que tributando mais você vai arrecadar mais talvez seja o grande erro da economia brasileira. Muitas vezes a gente precisa da desoneração, dar estímulo para a economia funcionar, apoiar o empreendedor para ele gerar emprego, renda e aumentar produção e, a partir disso, gerar mais imposto”, afirmou.
Ele explicou que, ao não aumentar e corrigir o IPTU, será possível ter uma diminuição progressiva do imposto e prometeu rever muitos casos já que, segundo ele, há muitas pessoas na cidade que pagam mais do que deveriam.
“Temos a ideia de fazer um fundo de fomento comercial na cidade, com microcrédito para pequenos e médios comerciantes e empreendedores do Brasil. Isso não é renúncia fiscal, é estímulo à economia”, disse.
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Sobre o plano diretor da cidade, Xavier o classificou como um “desastre” que gera uma cidade sem empregos, sem empresas e que perde a força da construção civil.
“A construção civil está sendo levada para Nova Lima, Lagoa Santa, para cidades do entorno. Matéria recente da Folha de S. Paulo mostra que o bairro mais rico do Brasil é o Vila da Serra, no limite de BH e Nova Lima. A esmagadora maioria dos moradores desse bairro são pessoas de Belo Horizonte que mudaram para essa região porque é praticamente impossível se construir em BH”, afirmou.
Ainda na questão do desenvolvimento municipal, o candidato foi questionado sobre suas propostas para os moradores em áreas de risco da cidade. Ele afirmou que, caso seja eleito, focará em manutenção e prevenção para reduzir o número de incidentes envolvendo moradores dessas localidades.
Impactos da pandemia
Sobre os aspectos da pandemia do novo coronavírus, Xavier defendeu a volta às aulas como fator de proteção social – além, claro, do aprendizado.
“Enquanto a criança está na escola ela está protegida da marginalidade, do crime, do tráfico de drogas. Especialistas falam no risco de uma evasão gigantesca de crianças no próximo ano. Muitos pais têm dificuldade para manter os filhos de 12, 13, 14 anos no ambiente escolar, que é uma proteção para essa crianças. Então voltar com as aulas é uma das prioridades para Belo Horizonte”, prometeu.
Ele disse que, para isso, estudará os melhores modelos do mundo entre os locais em que as escolas já foram reabertas, como por exemplo a Inglaterra.
O candidato disse ainda ser a favor de que o máximo possível de pessoas sejam vacinadas contra a Covid-19 quando houve um imunizante, mas afirmou que a obrigatoriedade da vacinação não é algo de que depende apenas da vontade do prefeito.
“É uma decisão para ser tomada com dados técnicos, científicos e dialogando com infectologistas e sanitaristas. Num primeiro momento eu entendo que é necessário que a população se vacine, que se vacine o máximo de pessoas. Mas a obrigatoriedade da vacina passa por dois pontos: primeiro uma observação e avaliação de sanitaristas e infectologistas; e segundo por uma análise jurídica para saber se é possível criar a obrigatoriedade”, concluiu.