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    Eleições 2022

    Ipec aponta governadores ou sucessores liderando eleições em 20 estados

    Oposição lidera em seis estados brasileiros; em Santa Catarina o atual governador aparece empatado com opositor

    Pedro Duranda CNN

    no Rio de Janeiro

    As últimas pesquisas divulgadas pelo Ipec mostram que as eleições para o governo dos estados brasileiros podem ter grande tendência de continuísmo. Boa parte dos atuais governadores e candidatos a reeleição devem ganhar já no primeiro turno segundo os levantamentos mais recentes.

    Em 11 estados os candidatos à reeleição lideram com muita folga, em outros cinco imprimiram alguma margem em relação ao segundo colocado, mas com tendência de segundo turno. Em quatro estados brasileiros os sucessores escolhidos pelos atuais governadores são os líderes das disputas.

    O levantamento da CNN levou em consideração as pesquisas feitas pelo Ipec, que é o instituto criado depois do fim do Ibope pelos mesmos diretores que comandavam a instituição. O Ipec é o único instituto que fez pesquisas em todos os estados brasileiros para os pleitos estaduais.

    A vantagem mais consolidada até agora é a do governador do Pará, Helder Barbalho, do MDB. A pesquisa aponta que ele tem 72% das intenções de voto, contra 16% do segundo colocado, Zequinha Marinho, do PL.

    Em 2018, Hélder ganhou no segundo turno com 55%. Desta vez, conseguiu montar uma megacoligação que incluiu o MDB de Simone Tebet, o PT de Lula, o União de Soraya Thronicke e o PDT de Ciro Gomes. Ele fez campanha com Lula e Tebet.

    Além do Pará, em outros sete estados os atuais governadores aparecem com pelo menos 50% dos votos totais na pesquisa estimulada do Ipec. Ratinho Júnior (PSD) no Paraná, Ronaldo Caiado (União Brasil) em Goiás, Gladson Cameli (PP) no Acre, Mauro Mendes (PV) no Mato Grosso, Renato Casagrande (PSB) no Espírito Santo, Fátima Bezerra (PT) no Rio Grande do Norte e Antonio Denarium (PP) em Roraima.

    Outros três governadores aparecem na faixa dos 40% a 46%: Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais, Wanderlei Barbosa (Republicanos) no Tocantins e Ibaneis Rocha (MDB) no Distrito Federal. Por fim, cinco governadores tem entre 34% e 38%: Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul, Coronel Marcos Rocha (União Brasil) em Rondônia, Cláudio Castro (PL) no Rio de Janeiro, João Azevêdo (PSB) na Paraíba e Wilson Lima (União Brasil) no Amazonas.

    Em Santa Catarina, o atual governador, Carlos Moisés (Republicanos), empata com Jorginho Mello (PL). Os dois têm 20% das intenções de voto na última pesquisa Ipec. Moisés é bombeiro militar e elegeu-se em 2018 na onda do bolsonarismo. Depois, rompeu com Bolsonaro e até enfrentou um processo de impeachment. A vice governadora Daniela Reinehr se filiou ao PL e faz campanha para Mello, adversário de Moisés.

    No Ceará, Maranhão, Alagoas e Amapá, os sucessores escolhidos pelos atuais governadores lideram as disputas. Nos três primeiros estados os atuais governadores renunciaram no início do ano para disputar uma vaga no Senado e estão bem posicionados nas pesquisas locais.

    Em cinco estados a oposição lidera a corrida. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Fernando Haddad (PT) aparece na frente. O atual governador, Rodrigo Garcia, é o sexto nome do PSDB a comandar o estado numa sequência que começou em 1995 e nunca foi interrompida, com exceção dos períodos quando vices assumiram temporariamente. Isso rendeu ao estado o apelido de ‘Tucanistão’. Garcia aparece em terceiro lugar, com 19%, e luta contra o tempo pra conseguir ultrapassar Tarcísio de Freitas (Republicanos) e garantir um passaporte para o segundo turno.

    Na Bahia o mesmo acontece, mas do outro lado da esfera política. É o PT que comanda o estado há 16 anos, com governos de Jaques Wagner e Rui Costa. Antes disso, o estado estava nas mãos do PFL, que virou Democratas, que se juntou ao PSL e hoje é União Brasil. E é justamente o União Brasil o partido de ACM Neto, que lidera as pesquisas com 47% dos votos. O avô dele, Antônio Carlos Magalhães, comandou o estado em três mandatos, dois deles durante a ditadura militar.

    Há, no entanto, uma forte tendência de alta do principal adversário de ACM, Jerônimo Rodrigues, do PT. Ele tinha 13% em 26/8 e agora aparece com 32%. A estratégia do petista é tentar ligar a sua imagem à de Lula, já que no estado o ex-presidente tem 65% das intenções de voto contra 18% de Bolsonaro.

    No Pernambuco, a liderança está nas mãos de Marília Arraes, que era do PT e hoje está no Solidariedade. O escolhido pra suceder Camilo Santana foi Danilo Cabral, do PSB, que está empatado com outros três candidatos: Raquel Lyra, do PSDB, Miguel Coelho, do União Brasil e Anderson Ferreira, do PL. Os quatro têm 11% cada, enquanto Marília aparece com 33%. Apesar de não ser a candidata escolhida por Lula, ela apoia o ex-presidente.

    No Piauí, o candidato escolhido por Wellington Dias (PT), que deixou o governo para disputar uma vaga no Senado é Rafael Fonteles (PT). Ele tem 29%, contra 43% de Silvio Mendes (União Brasil).

    O Mato Grosso do Sul é o estado onde o atual governo tem o pior desempenho. Eduardo Riedel, candidato indicado pelo governador Reinaldo Azambuja, aparece em quarto lugar nas pesquisas. Os dois são do PSDB. Em Sergipe, o candidato apoiado pelo governador Belivaldo Chagas, Fabio Mitidieri, está em terceiro lugar. Os dois são do PSD.