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    Investigadores que apuram caso “Abin Paralela” criticam troca em corregedoria da agência

    Novo corregedor da instituição é da Polícia Federal; servidores da Abin também se manifestaram contra nomeação

    Gabriela Pradoda CNN Brasília

    Integrantes da Polícia Federal (PF) que trabalham na investigação relacionada a chamada “Abin Paralela” acreditam que a atual corregedora da agência deveria ser mantida no cargo e endossam às críticas da troca que será feita pela atual gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

    A atual corregedora, Lidiane Souza dos Santos, servidora de carreira da instituição, teria direito a mais dois anos de mandato, mas a atual direção da Abin optou pela nomeação do delegado da PF, José Fernando Moraes Chuy, para ser o novo corregedor.

    A medida desagradou também os próprios servidores da agência, como adiantou a analista da CNN Luísa Martins.

    Na PF, o anúncio da troca também trouxe desconforto. Os agentes da corporação afirmam que a atual corregedora foi “fundamental ” durante as apurações do esquema espionagem ilegal, diante de “setores da Abin que buscam obstruir as investigações”.

    Lidiane, por ser servidora de carreira da agência, de acordo com os investigadores, ajuda a entender as questões internas do órgão.

    Um dos casos citados é que a servidora da Abin atuou nas primeiras apurações internas sobre desvios de função e abandono de trabalho de dois integrantes da PF que estavam cedidos à agência, durante a gestão de Alexandre Ramagem.

    Hoje, o caso está em apuração na Controladoria Geral da União (CGU) desde o início do ano.

    Um dos alvos dessa apuração interna, Marcelo Araújo Bormevet, agente da PF, foi preso na última operação desencadeada para apurar o esquema ilegal de espionagem.

    Na mesma fase da operação, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido da PF para compartilhamento das informações da investigação com a corregedoria da Abin.

    Moraes seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) segundo o qual a medida não seria “recomendável”, uma vez que “foram identificadas ações das novas gestões da Abin” para obstruir as investigações.

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