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    Integrantes do PSD aguardam ministérios e discutem possíveis indicados

    Alguns congressistas do partido ouvidos pela CNN avaliam que o partido pode ser contemplado com uma ou até duas pastas

    Gabriel HirabahasiLarissa Rodriguesda CNN , Em Brasília

    Integrantes do PSD, partido comandado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, discutem internamente que posições podem ocupar no governo federal, uma vez que a legenda já participa, inclusive, do processo de transição do governo Jair Bolsonaro (PL) para o de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Alguns congressistas do partido ouvidos pela CNN avaliam que o PSD pode ser contemplado com um ou até dois ministérios na Esplanada com a posse de Lula.

    Alguns nomes do partido já são ventilados para ser indicados ao governo caso a proposta seja apresentada de fato. O primeiro nome nessa lista, segundo fontes ouvidas, é o do senador baiano Otto Alencar. Reeleito para mais oito anos de mandato, Otto foi um dos principais apoiadores da aliança com Lula dentro do partido. Desde o início da campanha foi favorável à aliança, que não se concretizou.

    Pesa a favor de Otto o fato de que seu suplente é um petista: Terence Lessa, de 39 anos, ex-prefeito de Ibotirama, município do interior da Bahia. Um dos receios do governo eleito é nomear senadores para a Esplanada e deixar na Casa Alta suplentes que sejam mais identificados com o bolsonarismo.

    De acordo com fontes ouvidas, Otto, por ser médico, poderia ser indicado ao Ministério da Saúde, pasta que tem capilaridade, visibilidade e grande orçamento. Apesar disso, uma pasta que é muito desejada por alguns congressistas é a do Desenvolvimento Regional (ou Integração Nacional, a depender da configuração que o novo governo dará).

    Isso porque o ministério tem grande capilaridade, especialmente no Nordeste, e muitos recursos disponíveis. Está no chapéu desta pasta, por exemplo, a empresa pública Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

    Esses parlamentares citam o caso de Rogério Marinho, que em 2018 perdeu a disputa pela Câmara dos Deputados após relatar a reforma trabalhista no governo de Michel Temer (MDB) e, em 2022, após alguns anos à frente do Ministério do Desenvolvimento Regional, se elegeu senador no Rio Grande do Norte. Marinho levou seu partido, o PL, a eleger quatro dos oito deputados federais do estado, o dobro do PT, da governadora reeleita Fátima Bezerra.

    Outros nomes ventilados são os dos também senadores Carlos Fávaro (cotado para a Agricultura), Alexandre Silveira e Omar Aziz.

    Caso o PSD seja contemplado com outro ministério, o partido pretende oferecer a indicação aos integrantes da Câmara dos Deputados. Um dos nomes citados é o de Marcelo Ramos, ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados que não conseguiu a reeleição neste ano. Ex-filiado ao PCdoB, Ramos chegou a participar do governo Lula em 2006, quando trabalhou com o então ministro do Esporte, Orlando Silva.

    O nome do deputado federal Pedro Paulo (RJ) também é lembrado por sua proximidade com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, outro que apoiou Lula abertamente e fez campanha pelo petista na capital fluminense.

    Não há definição das pastas. Os integrantes do PSD ouvidos reforçam que isso só será definido assim que as possibilidades estiverem na mesa. A participação no futuro governo Lula foi um dos assuntos discutidos em jantar do partido realizado na última terça-feira (8) em Brasília, quando participaram diversos deputados e senadores da sigla, o presidente do partido, Gilberto Kassab, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

    Nesta quinta (10), em entrevista à CNN, Kassab disse ser natural que partidos da base possam disputar participação direta no governo Lula. “Somos um partido muito democrático, se tivermos a oportunidade de ser convidados para indicar um ministro, o PSD vai aplaudir”, completou.

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