Integrantes do governo brasileiro defendem presença de Milei em reunião do Mercosul
Encontro marcado para 7 de dezembro, no Rio, marca o encerramento da presidência do Brasil no bloco e ocorre três dias antes da posse do argentino
Integrantes do governo brasileiro cobram mais demonstração de abertura para diálogo por parte do novo mandatário da Argentina. A avaliação é que ele deveria vir à reunião do Mercosul, marcada para dia 7 de dezembro, no Rio de Janeiro, como sinalização efetiva de mudança de postura.
O encontro marca o encerramento da presidência do Brasil no Mercosul, três dias antes da posse de Milei na Argentina. O atual presidente argentino, Alberto Fernandez, está entre os convidados. Cabe a Fernandez definir quem virá em sua comitiva.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará na reunião. Entre os pontos de maior interesse no encontro, está o acordo econômico do Mercosul com União Europeia. Aprovado em 2019, após 20 anos de negociação, o acordo precisa ser confirmado pelo parlamento de todos países envolvidos para se tornar válido.
Durante a campanha, Milei defendeu a saída da Argentina do bloco econômico, mas mudou de postura após o resultado das eleições e passou a defender reformas no grupo.
No fim de semana, a futura chanceler argentina, Diana Mondino, veio ao Brasil para encontro com o ministro de Relações Exteriores Mauro Vieira. Na reunião, houve carta e pedidos para que o presidente Lula vá à posse de Milei.
Os apelos continuaram depois, em conversa do embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli com o Planalto. Lula, no entanto, mantém a decisão de não comparecer.