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    Integrante do MBL de 15 anos é agredido por militantes do PSOL na Av. Paulista

    Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram adolescente sendo agredido com chutes e socos por militantes do PSOL; ocorrência foi registrada, de acordo com a SSP

    Leonardo RodriguesRenan PortoLéo Lopesda CNN , em São Paulo

    Militantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) se envolveram em uma confusão na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (25).

    Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram um membro do MBL adolescente, de 15 anos, sendo agredido pela militância do PSOL.

    A Polícia Militar (PM) chegou a tentar deter o candidato a deputado federal, Guilherme Boulos.

    A situação começou por volta de 15h do domingo, quando o adolescente, que foi identificado como Pedro Arthur, se aproximou de Boulos, que estava em ato de campanha na Paulista, na altura da rua Haddock Lobo.

    “Boulos, você que defende democracia, por que defende ditaduras como Cuba?”, questionou Pedro, em um vídeo publicado nas redes sociais por membros do MBL.

    O celular então é derrubado e não é possível entender o que aconteceu naquele momento. Outro vídeo divulgado pelo MBL nas redes mostra o adolescente pouco depois sendo agredido com chutes e socos por militantes do PSOL que acompanhavam o ato.

    Pedro e outros membros do MBL acusaram Boulos de agressão. “Você me agrediu e incitou sua turma a fazer o mesmo”, escreveu o adolescente no Twitter.

    Em nota oficial, o MBL disse que Boulos “se irritou com pergunta e começou a empurrar o jovem, evoluindo as agressões para socos e chutes por parte dos pelegos do PSOL”.

    Nos vídeos disponíveis nas redes, o candidato em si não é visto participando das agressões cometidas por outros militantes.

    Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que “um adolescente de 15 anos informou às equipes que foi agredido por um candidato a deputado federal, apresentando imagens das agressões e lesões aparentes no corpo”.

    “Os policiais localizaram o candidato e solicitaram que ele os acompanhasse até a delegacia para registro dos fatos. O candidato se recusou a acompanhar as equipes ao distrito policial e um grupo de pessoas passou a hostilizar os policiais, que precisaram intervir, controlando o tumulto”, acrescentou a SSP.

    Os policiais presentes tentaram deter Boulos no local, que questionou a ação. O candidato publicou um vídeo com o momento no qual discutia com a PM.

    “Fala para a pessoa supostamente agredida ir no D.P. e fazer o B.O. O senhor sabe que é esse o procedimento. Se eventualmente tiver qualquer coisa contra mim – o que não terá, porque não agredi ninguém nem o faria – eu vou ser intimado pela Polícia Civil”, disse Boulos aos policiais.

    Em nota, a assessoria de Boulos afirmou que “a tentativa de prisão ilegal gerou um impasse que durou cerca de 30 minutos, e foi solucionado após a intervenção de advogados que observaram a confusão, como os criminalistas Ariel de Castro Alves e Augusto de Arruda Botelho”.

    “Por lei, a Polícia Militar só pode efetuar prisões em flagrante, o que não aconteceu pelo simples fato de que não houve agressão por parte do candidato. Além disso, a ação dos policiais viola o artigo 236 do Código Eleitoral, que dá imunidade a todos os candidatos por 15 dias antes da data da votação”, acrescenta a nota.

    Segundo a SSP, a ocorrência foi registrada pela família de Pedro Arthur no 78º DP (Jardins). Após a discussão, a polícia dispersou os presentes utilizando gás de pimenta.

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