Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Inquérito é sigiloso e nomes de militares que se reuniram com hacker não serão enviados à Defesa, dizem fontes

    Ministro da Defesa, José Múcio enviou um ofício à PF na sexta-feira (18), questionando com quem Walter Delgatti teria se encontrado para abrir uma sindicância interna

    Raquel Landimda CNN , em São Paulo

    Os inquéritos são sigilosos e Polícia Federal (PF) não vai enviar oficialmente ao Ministério da Defesa o nome dos militares que se reuniram com o hacker Walter Delgatti Neto para discutir sobre a segurança das urnas eletrônicas.

    Essa conclusão foi adiantada pelo delegado geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, em conversa por telefone ontem com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

    Múcio enviou um ofício à PF na sexta-feira (18), questionando com quem Delgatti teria se encontrado para abrir uma sindicância interna. O ministro tem sido cobrado a punir os militares envolvidos.

    Na quinta-feira (17), o hacker disse na CPMI do 8 de janeiro que esteve cinco vezes no Ministério da Defesa. Delgatti também depôs na PF e teria informado os nomes das pessoas que o receberam.

    Fontes que acompanharam as conversas dizem que ele se reuniu com o então ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira, que, por sua vez, o enviou ao grupo de militares que investigava possíveis fraudes nas urnas. O grupo teria dispensado Delgatti ao perceber que ele não entendia muito do assunto.

    O hacker foi enviado ao ministério da Defesa pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para ajudar os militares nas investigações sobre possíveis fraudes nas urnas eletrônicas.

    Não há registros da entrada do hacker no ministério, mas ele diz ter entrado pela garagem. Bolsonaro admitiu publicamente ter se reunido com ele no Planalto e mandado que um de seus ajudantes de ordens o acompanhasse até a Defesa.

    Veja também: Hacker Walter Delgatti é condenado a 20 anos de prisão

    Tópicos