“Infeliz coincidência”, diz Múcio à CNN sobre 2º acidente com aviões da FAB em dez dias
Ministro da Defesa disse que todos os cuidados são tomados pela Força na instrução dos pilotos e que não se pode deixar os cadetes sem treinamento
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse à CNN que os recentes acidentes com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) são uma “infeliz coincidência”.
Nos últimos dez dias, dois aviões sofreram quedas em treinamentos e um fez um pouso de emergência. Todos os pilotos saíram sem lesões graves.
Múcio ainda disse que todos os cuidados são tomados pela Força na instrução dos pilotos e que não se pode deixar os cadetes sem treinamento que fazem parte da formação dos integrantes da Aeronáutica.
“Nós já estamos investigando as causas”, disse, por telefone, à CNN.
Infelizmente, acidentes acontecem. A única forma de não ter acidente com aviões é eles não saírem do chão
José Múcio Monteiro
Nesta sexta-feira (1º), dois aviões da FAB colidiram no ar durante um treinamento em Pirassununga (SP).
Após os relatos do acidente, o ministro conversou pessoalmente com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno.
De acordo com Múcio, as primeiras informações são de que, durante o treinamento, a hélice de uma das aeronaves bateu em um segundo avião, que perdeu estabilidade.
A piloto que estava a bordo conseguiu se ejetar da aeronave, que ficou destruída ao colidir com o solo. O outro piloto conseguiu pousar. Ambos são pilotos em formação na faixa dos 20 anos de idade, segundo o ministro.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já foi ao local nesta tarde para começar a apuração do acidente.
Acidente na última semana
Em 22 de outubro, um caça da Aeronáutica caiu em Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte.
Segundo a FAB, o avião, modelo F-5M, fazia um voo de treinamento. Quando o piloto percebeu problemas no caça, voou para uma “região desabitada” e se ejetou da aeronave “com sucesso”. Ele foi resgatado com vida posteriormente.
O Cenipa também investiga esse caso.