Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Incômodo com articulação atinge até o PT e dá novo impulso a Rui Costa

    Antes alvo do fogo amigo na legenda, ministro da Casa Civil se reabilita como interlocutor com o Congresso após atritos entre Padilha e Lira

    Clarissa Oliveirada CNN

    Brasília

    As tensões entre a articulação política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso já se estendem até mesmo à bancada petista no Congresso. Após os atritos explícitos entre o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), líderes do partido do presidente também passaram a se queixar nos bastidores do que descrevem como “paralisia” na interlocução com o Planalto.

    O principal motivo do descontentamento é a demora em amarrar um acordo para a recomposição de emendas cortadas do Orçamento deste ano. Após um veto do presidente, os parlamentares perderam R$ 5,6 bilhões nas chamadas emendas de comissão e cobram do governo a recomposição dos recursos.

    Como revelou ontem a CNN, líderes do PT foram chamados para uma reunião com o time de Padilha no início do mês, em que teriam sido feitas promessas para resolver a situação das emendas, segundo os relatos. Uma delas seria a disposição do Planalto em abraçar a ideia de um cronograma para a liberação de recursos.

    Segundo um líder petista diretamente envolvido nas negociações, a tensão chegou a ponto de até parlamentares do PT quererem recorrer ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que poucos meses atrás eram quem se via na mira do fogo amigo petista. A ideia de reabilitar o ministro como articulador político ganhou força após o próprio presidente Lula apontar o auxiliar como ponte para lidar com Arthur Lira, que também vem se queixando da articulação política.

    Ontem, Padilha disse não ver problemas no fato de Costa atuar como interlocutor com o presidente da Câmara. “Acho ótimo o ministro Rui Costa estar ajudando e querer ajudar, se dispor a ser um interlocutor”, afirmou o ministro, em entrevista ao programa Roda Viva.