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    Eleições 2022

    Impasse envolvendo Moro mostra dificuldade nas candidaturas de centro, diz especialista

    À CNN, cientista político e professor do Insper Carlos Melo falou sobre os possíveis cenários nas eleições após incerteza em torno da candidatura de Sergio Moro

    Anna Gabriela CostaLudmila Candalda CNN em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (1°), o cientista político e professor do Insper Carlos Melo afirmou que as incertezas sobre a candidatura do ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) demonstram a dificuldade de viabilizar as candidaturas ditas de centro.

    “Pode ser que apareça uma candidatura capaz de aglutinar o centro democrático. Está tarde, parece que está bem atrasado esse processo; mas se tratando de política, e politica no Brasil, pode ser que fatos novos e de última hora contribuam em uma aglutinação”, disse.

    Nesta sexta-feira, Sergio Moro (União Brasil) fez um pronunciamento para comentar sobre a mudança de partido e filiação ao União Brasil. Moro afirmou que “não será candidato a deputado federal”, mas reiterou que “não desistiu de nada”.

    O especialista disse à CNN que devido à incerteza em torno da candidatura de Sergio Moro, os votos possivelmente destinados ao ex-juiz podem se direcionar para outros candidatos; entretanto, ainda é difícil determinar qual seria o representante com perfil mais similar na escolha do eleitor.

    “Conforme Moro não vai se estabelecendo como alternativa, naturalmente esses eleitores vão se realocando nas candidaturas mais viáveis, a princípio as pesquisas dizem que ganha [votos] Bolsonaro, Ciro, e um pouco João Doria, e votos em branco e nulos ganham um pouco também. Residualmente ganha o presidente Lula”, acrescentou o cientista político.

    “É necessário ter o tino político”

    O cientista político e professor do Insper Carlos Melo destacou que a política tem uma dinâmica e ritual que demanda certa experiência no processo. Para o professor, eleição tem que ter estratégia e ela “não se dá bem com amadores”.

    “A política é exercida por políticos. Os partidos políticos, os prazos eleitorais, prazos de filiação, os prazos de convenção, isso tudo atende a um timing, a uma estratégia, não basta a vontade”, comenta.

    “As candidaturas precisam ser construídas, e para isso  é necessário ter o tino político, ser profissional da política e não ser diletante da política, como é o que está parecendo”, incluiu Melo.