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    Imagem de Bolsonaro se estabiliza e cresce percepção de que pandemia já passou

    Pesquisa da XP/Ipespe manteve números de aprovação do governo e mostra otimismo em relação à Covid-19: 31% dos entrevistados acreditam que o pior já passou

    da CNN, em São Paulo

    Uma pesquisa da XP em conjunto com o Ipespe divulgada nesta sexta-feira (12) mostra uma estabilização da imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação a levantamentos anteriores e um crescente otimismo em relação à pandemia.

    A rejeição ao governo vinha subindo desde o final de abril, mas oscilou um ponto percentual nessa rodada: 48% avaliam a gestão como ruim ou péssima, contra os mesmos 48% no mês passado. Da mesma forma, o grupo que avalia o governo como ótimo ou bom cresceu dois pontos, de 26% para 28%. Ambas as variações estão dentro da margem de erro, de 3,2 pontos para mais ou para menos.

    A pesquisa foi feita com base em 1.000 entrevistas conduzidas por telefone entre 9 e 11 de junho.

    Em relação à Covid-19, 31% dos entrevistados acreditam que o pior já passou —nove pontos a mais do que o registrado em maio (22%). Os que acreditam que o pior ainda está por vir diminuíram em sete pontos percentuais (de 68% a 61% atualmente). A maior parte concorda com a flexibilização do isolamento social (52%), contra 44% que discordam da reabertura.

    Nesta quinta-feira (11), o Brasil ultrapassou os 800 mil casos confirmados e 40 mil mortes pela doença causada pelo novo coronavírus. No mesmo dia, as maiores capitais do país, Rio de Janeiro e São Paulo, reabriram centros comerciais.

    Expectativa para o governo

    Seguindo a mesma tendência da aprovação, a expectativa para o restante do mandato presidencial se manteve estável. O percentual dos que acreditam que será ruim ou péssimo caiu dois pontos (de 48% a 46%), mesmo número dos que esperam que seja ótimo ou bom (de 27% a 29%). As duas variações também estão dentro da margem de erro.

    Se na esfera federal, as avaliações permaneceram, no campo estadual, houve mudança significativa. Caiu quatro pontos o percentual dos que avaliam os governadores como ótimos ou bons (de 42% a 38%). Houve aumento dentro da margem dos que acreditam que o governo é ruim ou péssimo (de 23% a 25%).

    Desde o fim de abril, tem crescido a percepção de que a corrupção aumentará nos próximos seis meses. Nessa última rodada, os números se mantiveram estáveis. São 47%, contra os 45% da última pesquisa. Os que acreditam em uma diminuição são 21%, contra 18% da outra rodada.

    A maior parte dos entrevistados continua acreditando que a economia brasileira está no caminho errado. São 53%, contra 54% do mês passado. Os que veem como o caminho certo são 29%, contra 27% de antes.

    Covid-19

    Desde 18 de maio, o grupo de pessoas que estão com muito medo em relação a pandemia caiu oito pontos percentuais. Agora, são 48% —um empate técnico com os que estão com um pouco de medo (38%). A porcentagem dos que se dizem sem medo tem se mantido estável desde abril, marcando 21% na rodada atual.

    A avaliação da atuação do governo federal se manteve estável. Os que acreditam que a condução é ruim ou péssima se manteve em 55%, já os que acreditam ser ótima ou boa cresceu três pontos, de 20% para 23%.

    Manifestações

    A pesquisa também questionou os entrevistados quanto às manifestações do último domingo (7). 82% souberam das manifestações contrárias ao presidente e ao racismo — número superior aos que disseram conhecer as manifestações em apoio ao governo (68%).

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    A maior parte dos ouvidos não se identifica com nenhum dos movimentos (40%). Os que preferem as manifestações contrárias ao governo federal são 33%, e os que apoiam as manifestações favoráveis, 22%.

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