Hugo Motta avalia que vitória de Trump causa “ânimo” em partidos de direita
Candidato à presidência da Câmara acredita que triunfo de Trump não terá impacto negativo nas relações do Brasil com os EUA
A vitória de Donald Trump nos Estados Unidos é um estímulo para partidos de direita no Brasil, avaliou o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato o presidente da Câmara nesta quarta-feira (6).
“As pautas dos movimentos de direita no mundo são bastante conectadas”, afirmou o deputado. Na avaliação de Motta, a vitória causa um “momento de euforia e de levante para o próximo período eleitoral” no Brasil.
É natural. Nós gostamos de futebol, nós gostamos de acompanhar diversos tipos de disputa, e essa é mais uma disputa que o Brasil acompanha atentamente pela importância que ela tem. Com certeza isso causa, sim, um ânimo maior aos movimentos e aos partidos de direita no Brasil
Hugo Motta
PL da Anistia
O deputado também foi questionado se o resultado eleitoral nos Estados Unidos poderia impactar na tramitação do PL da Anistia, projeto de lei que perdoa os presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e estava pronto para análise do plenário, mas o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o despachou para uma comissão especial.
“A condução da comissão deve começar nos próximos dias. Então, a comissão vai trabalhar, na minha avaliação, com muita serenidade e fazendo o trabalho que tem que ser feito para debater um tema tão importante como esse”, disse.
Relação com os EUA
Motta também comentou que o Brasil deve “consolidar suas relações internacionais“. O deputado acredita que, apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter declarado apoio a Kamala Harris, a vitória de Trump nos EUA não vai comprometer as relações brasileiras com o país.
“Acredito que o Brasil, com certeza, saberá se posicionar através do [Palácio do] Itamaraty, das relações internacionais e comerciais que o Brasil tem, e até esse novo cenário com a eleição do novo presidente dos Estados Unidos”, disse.
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