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    Haddad procurou Pacheco e disse entender desoneração de prefeituras, dizem fontes

    Fazenda cobra pacto entre Poderes; Senado afirma estar alinhado ao diálogo com governo

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e opresidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão no Senado
    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e opresidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão no Senado 27/04/2023 - Pedro França/Agência Senado

    Isabel Megada CNN

    Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, procurou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para evitar maiores ruídos e dizer que entende a posição do Senado sobre manter a desoneração da folha de pagamento de municípios. Porém, o governo vai insistir em tentar manter a desoneração via projeto de lei.

    A conversa entre Haddad e Pacheco foi confirmada por pessoas próximas ao ministro e ao presidente do Senado.

    O diálogo aconteceu por troca de mensagens, após o chefe da equipe econômica dizer publicamente que não foi avisado previamente sobre a decisão e cobrou um pacto dos Poderes pelo equilíbrio fiscal.

    Também em coletiva à imprensa, Pacheco alegou questões constitucionais para não prorrogar a desoneração das prefeituras. Negou irresponsabilidade fiscal e disse que o Planalto foi avisado sobre a decisão via Alexandre Padilha, ministro das relações institucionais.

    A avaliação de integrantes do governo é de que o componente eleitoral pesou, porque manter a decisão poderia gerar desgaste com prefeitos em ano de eleição municipal.

    Um encontro presencial pode acontecer em breve, mas não há data marcada. De ambos os lados, a mensagem passada a partir de agora é de que Pacheco e Haddad estão alinhados ao diálogo.

    Apesar dos ânimos acalmados, a fazenda não descarta judicializar a questão, mas trata o projeto de lei sobre o assunto apresentado pelo líder José Guimarães (PT-CE) na Câmara como o “plano A”.

    O impacto previsto com a manutenção da desoneração para os municípios é de R$ 10 bilhões. A proposta de Guimarães sugere a reoneração com alíquotas graduais, voltando aos 20% somente em 2027.