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    Habeas Corpus não dá o direito de Mayra mentir na CPI, diz Alessandro Vieira

    A secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde depõe na comissão na nesta terça-feira (25)

    Produzidor por Jorge Fernando Rodrigues*, da CNN em São Paulo

    O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que, mesmo com o habeas corpus parcial obtido no STF, a secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, não poderá mentir no depoimento à CPI da Pandemia sobre o colapso de saúde ocorrido no Amazonas. O parlamentar, que é suplente da CPI, disse ainda que o tema cloroquina será abordado, mas não será o foco principal da comissão.

    “O que ela pode é silenciar com relação a alguns episódios referentes ao Amazonas e Manaus, mas isso não significa que ela não será questionada. O jeito dela é ficar calada, e seguramente não ter o direito de mentir”, declarou o senador à CNN.

    Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente CPI da Pandemia
    Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente CPI da Pandemia e líder do partido no Senado
    Foto: CNN Brasil (25.mai.2021)

    Mayra ficou conhecida pelo apelido de “Capitã Cloroquina” por defender o medicamento que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. Ela conseguiu um habeas corpus parcial por parte do Supremo Tribunal Federal e vai poder ficar em silêncio quanto aos fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

    Vieira disse ainda que apesar da polêmica com a cloroquina, o medicamento que não tem eficácia comprovada contra o coronavírus não será o foco principal da comissão. 

    “A secretaria está sendo convocada na condição de testemunha e não de especialista, até porque [ela] não é especialista, nem na parte de epidemiologia e nem de saúde pública. Ela vai esclarecer fatos concretos, as reuniões que participou. Quando ela foi escolhida, foi traçada uma política pública de saúde no Brasil que teve resultados péssimos. O Brasil caminha para ser o país com o maior número de mortos do mundo, já são mais de 450 mil mortos. A cloroquina é só um pedaço desse desastre”, disse.

    Em janeiro, uma equipe do Ministério da Saúde liderada por Mayra esteve em Manaus a pedido do então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a fim de “alinhar novas ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19 no Amazonas”, como a pasta registrou em seu site. 

    Ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a secretária prometeu equipamentos e treinamento, além de endossar o tratamento precoce, junto do esforço “para que não falte a nenhum cidadão do estado do Amazonas o socorro que é garantido constitucionalmente pelo SUS”. A CPI deve inquirir Mayra a respeito de sua visita ao Amazonas em janeiro.

    (Com informações de Gregory Prudenciano, da CNN, em São Paulo)