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    Eleições 2022

    Grupos da campanha de Lula divergem sobre manifestação de FHC

    Ala à esquerda considera que nota de tucano deveria citar nomes; petistas e grupo de Alckmin no PSB veem iniciativa favorável à candidatura do ex-presidente

    Gabriela Pradoda CNN

    Parte da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considerou a nota divulgada nesta quinta-feira (22) pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como favorável à candidatura do petista. Uma outra ala, mais à esquerda, afirmou que a manifestação foi “tímida”. O consenso entre os dois grupos é que a nota ajuda a atrair indecisos que ainda resistem à candidatura de Lula.

    O pronunciamento de FHC não cita nomes de candidatos, mas pede aos brasileiros que votem “em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade e defende direitos iguais para todos”.

    Sob reserva, pessoas próximas da campanha petista, e considerados mais à esquerda, dizem que uma citação direta ao nome de Lula e Alckmin poderia ter causado mais impacto e ajudado a atrair o eleitorado indeciso de centro-direita.

    O presidente do PSOL em São Paulo, João Paulo Rillo, acredita que foi um primeiro passo, mas ainda é possível avançar em apoio mais direto. “Pode ser uma tática. Lançar o argumento e depois fazer uma declaração mais direta de voto. Mas ajuda a criar uma atmosfera para tentar resolver as eleições em primeiro turno”, disse.

    Um dos principais articuladores do PT com o mercado, o deputado federal Alexandre Padilha (PT) afirmou que não há dúvidas sobre o tom da declaração. “Eu considero bem explícita e incisiva a declaração e dentro dos padrões FHC. Ninguém precisa ler ou compreender tudo o que ele já escreveu para decifrar que ele está pedindo voto para o Lula”, afirmou.

    O grupo do PSB ligado a Alckmin também considerou como boa a manifestação. “Foi assertiva e em linha com o discurso da chapa e com as declarações de apoio manifestadas por ex-ministros do governo de FHC e tucanos que o acompanham desde sempre”, comentou Silvio Torres, ex-deputado federal, ex-secretário de Habitação de São Paulo e aliado do ex-governador paulista.

    Logo após a divulgação da nota, o PSDB que apoia a candidatura de Simone Tebet (MDB) e indicou a vice da chapa, Mara Gabrilli, publicou uma nota para reafirmar a posição do partido e combater a estratégia de voto útil.

    “O PSDB tem candidata e vai lutar até o final para elegê-la: Simone Tebet e a nossa senadora Mara Gabrilli. Representam o melhor caminho para o Brasil. Primeiro turno é para votar no melhor. Útil é votar em quem a gente confia”, afirma a nota.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

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