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    Grupo de transição aponta que Orçamento para 2023 é insuficiente para obras de habitação

    Segundo o grupo, seriam necessários R$ 1,9 bilhão para concluir as obras de habitação social que estão licitadas, mas o Orçamento de 2023 deixado pelo governo Bolsonaro prevê R$ 82 milhões

    Movimentação no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede da equipe de transição de governo
    Movimentação no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede da equipe de transição de governo WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

    João Rosada CNN*

    Em Brasília

    O grupo de trabalho de cidades da equipe de transição do governo afirmou que o Orçamento deixado pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) não é suficiente para finalizar as obras relacionadas ao programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida.

    A declaração foi dada nesta quarta-feira (7) em coletiva de imprensa realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

    Segundo a equipe de transição, seriam necessários R$ 1,9 bilhão no Orçamento para concluir as obras de habitação social que estão licitadas, mas o Orçamento de 2023 deixado pelo governo Bolsonaro prevê apenas R$ 82 milhões.

    O deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP), integrante da equipe de transição, afirmou que o Orçamento deixado pelo governo Bolsonaro é “fictício”.

    Segundo o grupo, existem mais de 100 mil obras paralisadas do programa social de habitação.

    “A situação é tão catastrófica que, se não for aprovada a PEC, teremos uma paralisação das obras no país”, afirmou Boulos.

    Durante a coletiva, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) alertou que, se não houver uma reposição dos R$ 6 milhões retirados por um corte na economia, o Brasil corre o risco de ter 5.000 obras paralisadas.

    França ainda disse que a previsão do Orçamento deixa R$ 500 para cada cidade do país.

    “O nome dessa irresponsabilidade é em primeiro lugar do presidente Bolsonaro, mas não dá para eximir o ministro Paulo Guedes, que fez o corte”, concluiu o ex-governador.

    O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da equipe de transição, afirmou nesta quarta-feira (7) que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estouro deve abrir espaço para o Orçamento do próximo ano direcionar cerca de R$ 10 bilhões para o programa de habitação social Casa Verde e Amarelo, antigo Minha Casa, Minha Vida.

    Orçamento foi elaborado em contexto desafiador, diz ministério

    Procurado pela CNN, o Ministério da Economia afirmou que “a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária de 2023 ocorreu em um contexto desafiador, em meio ao elevado nível de indexação e rigidez alocativa das despesas, o que obrigou a uma alocação de recursos conservadora, reduzindo o espaço para o atendimento de diversas ações relevantes”.

    “Além disso, com a Reserva para Emendas de Relator no Orçamento para 2023, incluída pelo Congresso Nacional na Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo exercício e que atingiu valores em torno de R$ 19 bilhões, as dificuldades para o atendimento das despesas do Poder Executivo foram ampliadas”, acrescenta a nota.

    “Ao longo da tramitação do PLOA 2023 no Congresso Nacional, ambiente legítimo e sensível aos anseios da sociedade sobre políticas públicas, pode haver a destinação de mais recursos, inclusive aqueles que foram reservados para emendas de relator, para o atendimento dessas áreas”, conclui o ministério.

    * Estagiário sob supervisão de Brenda Silva